Tesis
Aplicação da teoria das opções reais na análise de investimentos em concessão florestal
Fecha
2016-05-26Registro en:
RODRIGUES, Maisa Isabela. Aplicação da teoria das opções reais na análise de investimentos em concessão florestal. 2016. xii, 51 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Rodrigues, Maisa Isabela
Institución
Resumen
Pouco se sabe a respeito da viabilidade financeira das concessões florestais. O Valor Presente Líquido (VPL) é o método mais adotado para a análise de investimentos. No entanto, os métodos determinísticos de avaliação financeira, como VPL, o Benefício Periódico (BPE) e a Taxa interna de Retorno (TIR) vêm sofrendo criticas, pois não consideram o risco e a flexibilidade gerencial, presente na maior parte dos investimentos. Uma vez que a Teoria das opções Reais (TOR) incorpora tanto a flexibilidade gerencial quanto os riscos, ela fornece resultados que mais se aproximam da realidade de mercado. O presente estudo teve por objetivo avaliar a viabilidade financeira de um investimento em concessão florestal. Para isso, foram adotados os métodos determinísticos (VPL, BPE e TIR), e a TOR, sendo analisada a opção de abandono do investimento. Como taxa mínima de atratividade, adotou-se a o IPCA do primeiro ano do horizonte de planejamento, que corresponde a 5,9023%. Como variável para a análise da TOR, adotou-se a produtividade (m³/ha) dos primeiros anos da concessão florestal em estudo. O VPL do investimento corresponde à R$ 14,74.m³-1, o BPE foi de R$ 0,96.(m³.ano)-1 e a TIR de 20,75%. Para ser considerado viável, a concessão florestal deve apresentar produtividade mínima de 17,75 m³.ha-1. Com a distribuição da variável estocástica, obtida por meio da simulação Monte Carlo, calculou-se a volatilidade, que corresponde a 34,64%. Os movimentos ascendente e descendente da árvore de eventos foram 1,40 e 0,71, respectivamente, com probabilidade de ocorrência de 26,63% para o movimento ascendente e 76,37% para o movimento descendente. Das 861 decisões gerenciais, a opção de prosseguir com o investimento foi adotada em 237 nós (27,53%), e a decisão de abandono foi exercida em 624 nós (72,47%). Como se esperava, a análise por meio da TOR apresentou retorno financeiro superior ao valor obtido pelo VPL. O VPL expandido foi equivalente a R$ 74,07.m³-1, 5,02 vezes maior que o VPL tradicional. Dessa forma, a flexibilidade gerencial apresentou valor positivo, uma vez que o VPL com flexibilidade é superior ao VPL tradicional. O VOR do investimento corresponde a R$ 59,33.m³-1. Esse valor expressa a flexibilidade gerencial do investimento. Conclui-se que os métodos determinísticos se mostraram insuficientes para a análise financeira do investimento. Uma vez que insere riscos e flexibilidade gerencial em sua análise, a TOR provou ser uma boa ferramenta no auxílio à tomada de decisão.