Tesis
Associação entre fatores de risco e ocorrência de doenças crônicas com insegurança alimentar grave no Distrito Federal
Fecha
2015-11-06Registro en:
SANTOS, Ana Lilian Bispo dos. Associação entre fatores de risco e ocorrência de doenças crônicas com insegurança alimentar grave no Distrito Federal. 2015. 76 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Santos, Ana Lilian Bispo dos
Institución
Resumen
A insegurança alimentar (IA) é realidade comum entre as famílias pobres em muitos países, sendo considerada importante determinante de doenças. No Brasil a IA tem sido associada à obesidade, porém ainda são escassos os aspectos relacionados a outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O objetivo deste trabalho foi analisar a associação entre fatores de risco e a ocorrência de DCNT com segurança alimentar (SA) e IA grave (IAG) no Distrito Federal (DF).Realizou-se um estudo transversal, durante os meses de fevereiro a junho de 2014, em pontos de grande fluxo de pessoas. A amostra foi representativa para a população adulta do DF para as condições de SA (n=240) e IAG (n=84).Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionário com perguntas fechadas referentes a características demográficas e socioeconômicas dos indivíduos, padrão alimentar e de atividade física associados à ocorrência de DCNT, peso e altura referidos, frequência do consumo de bebidas alcoólicas, referência a diagnóstico médico anterior de DCNT (doença cardiovascular, diabetes e câncer) e situação de segurança alimentar.A análise ajustada foi realizada por meio de regressão logística e expressa em odds ratio. O nível de significância considerado foi de 5%. Os resultados deste trabalho apontam uma tendência de associação positiva da IAG com doença cardiovascular – DCV (OR:1,79; IC 95%: 1,01 - 3,15), consumo de carnes com excesso de gordura (OR: 2,11; IC 95%: 1,23 - 3,64) e obesidade (OR: 2,11; IC 95%: 1,16 - 4,22). Essa associação passa a ser negativa para as variáveis relacionadas a comportamento protetivo contra DCNT, como a prática de atividade física (OR: 0,45; IC 95%: 0,24 - 0,82), consumo de feijão (OR: 0,47; IC 95%: 0,28 - 0,79), frutas (OR: 0,19; IC 95%: 0,04 - 0,79) e hortaliças (OR: 0,44; IC 95%: 0,22 - 0,89).Este trabalho evidencia a existência da tendência de associação da IAG com DCV, e sugere uma possível associação com diabetes e câncer, o que não pode ser comprovado. Há também uma relação entre IAG e fatores de risco para DCNT, relacionados ao consumo alimentar inadequado e sedentarismo.