Tese de doutorado
Prevalência e fatores de risco associados à sibilância em lactentes no primeiro ano de vida em Belém - Pará - Brasil
Fecha
2011-01-26Registro en:
PRESTES, Elaine Xavier. Prevalência e fatores de risco associados à sibilância em lactentes no primeiro ano de vida em Belém - Pará - Brasil. 2011. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2011.
Retido-12464.pdf
Autor
Prestes, Elaine Xavier
Institución
Resumen
Objetivo: determinar a prevalência e fatores de risco para sibilância, sibilância recorrente e asma em lactentes de Belém, Pará, Brasil. Métodos: estudo transversal que utilizou o questionário escrito do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactentes (EISL) para pais de lactentes de 12 a 15 meses, nas Unidades Básicas de Saúde de Belém, por ocasião de vacinação, entre maio e agosto de 2006. Utilizou-se o Teste t de Student ou Mann-Whitney para variáveis contínuas e teste Qui-quadrado para as categóricas, estimação da razão de chances (RC), com intervalo de confiança de 95%, e ajuste de modelo de regressão logística para avaliar fatores de risco com nível de significância de 5%. Resultados: participaram do estudo 3.024 crianças. A prevalência de sibilância foi 46,1%, de sibilância recorrente 21,9% e asma 10,1%. Os fatores de risco para sibilância no primeiro ano de vida foram: ter infecções de vias aéreas; ser exposto ao fumo na gestação; ser do gênero masculino; ter história familiar de asma, rinite e dermatite atópica; ter tido o primeiro resfriado antes dos cinco meses de idade; ter dermatite atópica; morar em local com poluição atmosférica. Ter o esquema de vacinação atualizado e maior número de pessoas em casa foi identificado como fator de proteção. Os fatores de risco para sibilância recorrente foram: gênero masculino, infecção de vias aéreas, infecção de vias aéreas antes dos cinco meses de idade, ser da raça negra, exposição à poluição atmosférica, história familiar de asma e rinite, dermatite atópica pessoal. Ter o calendário vacinal atualizado e ter seis meses de idade ou mais na primeira infecção foram fatores de proteção. Os fatores de risco para asma foram: ter mais de três episódios de infecções de vias aéreas; ser exposto ao fumo na gestação; ter história familiar de asma; morar em local com poluição atmosférica. Conclusão: a prevalência de sibilância, sibilância recorrente e asma em lactentes de Belém são elevadas e os fatores de risco associados a elas apontam para fatores genéticos, exposição a infecções de vias aéreas, fumo e poluição do ar. A educação dos pais em relação à sibilância e a capacitação de pediatras poderão diminuir a morbidade da doença sibilante e os custos com serviços de saúde.