Tesis
Segredos do sotão: feminismo e escritura na obra de Kate Chopin
Fecha
2011-05-31Registro en:
ROSSI, Aparecido Donizete. Segredos do sotão: feminismo e escritura na obra de Kate Chopin. 2011. 410 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2011.
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Autor
Santos, Alcides Cardoso dos [UNESP]
Moreira, Nadilza Martins de Barros [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
A presente tese de doutorado tem por objetivo investigar as questões do Feminismo e da escritura (écriture) na obra Kate Chopin (1850 – 1904), importante nome do Realismo norteamericano, com especial ênfase em seus contos. Em prévia pesquisa de mestrado [A desarticulação do universo patriarcal em The Awakening, de Kate Chopin (2006)] observou-se que o multiverso literário da autora se articula a partir de uma simultânea construção e desarticulação de significações, as quais vão além e ao mesmo tempo se utilizam das estruturas narrativas presentes em cada texto. Assim, Kate Chopin joga com a competência linguística, cultural e ideológica de seu leitor; joga com suas convicções mais profundas, instaurando uma textualidade que transborda as estruturas narrativas, chega ao leitor e o ultrapassa abarcando também o universo social e político. Há nas obras de Chopin, portanto, um trabalho textual que engloba instâncias textuais e sócio-políticas, em um movimento de significação que se encaminha em direção ao que teóricos e filósofos pósestruturalistas chamarão, sobretudo a partir da década de 1960, de escritura (écriture), processo aberto e infinito, ao mesmo tempo gerador e subversor de significados. Recorrendo ao Feminismo anglo-americano, brasileiro e francês, bem como aos pensamentos de Jacques Derrida, Roland Barthes e de demais teóricos da escritura como interfaces teóricas, a proposta fundamental desta tese é demonstrar a ilimitada produtividade significativa desse trabalho escritural presente na obra da autora, trabalho este pouco estudado pela crítica especializada em suas obras. Dentro desta perspectiva, o corpus que será objeto de investigação limita-se à contística da autora This doctorate thesis intends to investigate Feminism and the concept of writing (écriture) in the works of Kate Chopin (1850 – 1904), an important American Realist writer, with especial attention to her short stories. In a previous Master degree research [A desarticulação do universo patriarcal em The Awakening, de Kate Chopin (2006)] it was concluded that the writer’s literary multiverse is carefully crafted in order to simultaneously build and disarticulate significations which go beyond and at the same time make use of the narrative structures in each text. Thus, Kate Chopin plays with the reader’s linguistic, cultural, and ideological competences as well as with his deepest convictions to establish a textuality that overflows the narrative structures, reaches the reader and oversteps him also affecting the social and political universes. In doing so, Chopin’s works present a textual fabric that weaves textual and sociopolitical instances in a meaning production process that can be understood as what poststructuralist theoreticians and philosophers call, mainly from the 1960s on, writing (écriture), an open and infinite process both meaning-generating and meaning-subverting. Having the Anglo-American, Brazilian, and French Feminisms and the thoughts of Jacques Derrida, Roland Barthes and others writing theoreticians as analysis interface, this thesis aims to demonstrate the unlimited signifying productivity of Chopin’s fictional work, an aspect mostly unstudied by her critics. Under this perspective, the research corpus that will be investigated is composed especifically by the writer’s short stories