article
Perdón y reconciliación política: dos medidas restaurativas para enfrentar el pasado
Forgiveness and Political Reconciliation: Two Restorative Measures to Feal with the Past;
Perdão e reconciliação política: duas medidas restaurativas para enfrentar o passado
Autor
De Gamboa, Camila
Institución
Resumen
In this article I defend the idea that what we are as moral and as political beings is in part a product of the social and political environment in which we grow up. The political community plays an important role in the way we develop our moral character and political agency; therefore, one cannot understand or explain the moral character of an individual without the social and political context where this character is developed. I argue that if we live in democratic inclusive political communities, people are well equipped to mutually respect themselves and others as equal moral beings and citizens. In oppressive regimes people can develop defective ways to treat themselves and others personally and politically. My aim with this article is to discuss two important and complex notions: forgiveness and political reconciliation. Both terms constantly appear in the theoretical work about, as well as in case studies of peace processes and transitional democracies. I claim that forgiveness and political reconciliation are two restorative actions to deal with the past and to break the traumatic memory caused by individual or political offenses. Political reconciliation differs from forgiveness because the former is a collective practice and policy while the latter is a personal act. I argue that in a democratic inclusive regime, forgiveness and political reconciliation must respond to the equal worth of human beings. Forgiveness and political reconciliation share the necessity to evaluate the past, whether this reflection implies personal wrongdoings or the unjust history of the political community. This evaluation of the post guarantees: first, the moral or political recognition of the offense; second, the possibility to restore and honor the dignity of victims; and finally, processes of personal and political transformation. Neste artigo defendo a ideia de que o que nós somos como agentes morais e cidadãos é em parte produto do ambiente social e político no que crescemos. A comunidade política desempenha um papel preponderante no desenvolvimento de nossa agência moral e política. Assim, não é possível explicar o carácter moral de um indivíduo em forma separada do contexto social e político no qual dito carácter se desenvolve. Quando as pessoas vivem em regimes democráticos inclusivos, elas estão melhor equipadas para respeitar, em condições de igualdade, seu valor como pessoas e cidadãos. Em regimes opressivos, as pessoas são mais propensas a desenvolver formas defeituosas para tratar-se a si mesmos e aos demais. Neste artigo discuto duas complexas e importantes noções; o perdão e a reconciliação política. As duas noções aparecem em trabalhos teóricos, assim como em casos de estudo acerca de processos de paz e democracias transicionais. Defendo a ideia de que o perdão e a reconciliação política são duas ações restaurativas para enfrentar o passado e romper a traumática memória que podem causar as ofensas de tipo individual ou político. A reconciliação política difere do perdão em que o primeiro é uma política pública que envolve a toda a comunidade, enquanto que o perdão é uma medida restaurativa de carácter privado e que ocorre entre o ofensor e o ofendido. Arguo que em um regime democrático inclusivo e igualitário o perdão e a reconciliação devem de respeitar o igual valor e dignidade dos seres humanos. Tanto o perdão quanto a reconciliação política se assemelham em que ambas as medidas requerem avaliar o passado, bem que dita reflexão implique uma ofensa pessoal ou a história de injustiça de uma comunidade política. esta avaliação do passado, primeiro, garante o reconhecimento moral ou político da ofensa; segundo, possibilita restaurar e honrar às vítimas e, finalmente, facilita a transformação pessoal e política das pessoas.