Actas de congresos
Estratégias competitivas entre uma gramínea nativa do cerrado e uma gramínea invasora do cerrado
Fecha
2010-09-05Registro en:
Congresso Nacional de Botânica, 61., 2010, Manaus, Amazonas, Brasil
978-85-211-0061-4
Autor
Zupo, Talita Marques
Meirelles, Sergio Tadeu
Pivello, Vania Regina
Institución
Resumen
Várias espécies de gramíneas africanas introduzidas no Brasil se tornaram
importantes invasoras dos cerrados e constituem uma das principais ameaças para a
sua conservação. Comparações envolvendo características entre espécies exóticas e
nativas podem levar a uma melhor compreensão sobre o processo da invasão. Neste
estudo, semeamos Echinolaena inflexa, uma gramínea nativa do cerrado, e Urochloa
decumbens, uma gramínea africana invasora do cerrado, em diferentes proporções
relativas uma à outra (100%-0%, 70%-30%, 50%-50%, 30%-70%, 0%-100%).
Avaliamos a sobrevivência, crescimento, fecundidade e capacidade fotossintética
das espécies nos diferentes tratamentos (puros e mistos). Para avaliar sobrevivência,
crescimento e fecundidade foram realizados três censos durante o período de um
ano. A medição da capacidade fotossintética foi efetuada por meio de um
fluorômetro portátil, onde se considerou os parâmetros de eficiência do fotossistema
II, da taxa de transporte de elétrons e do potencial máximo aparente de uso da luz.
Sempre que sementes de ambas as espécies foram colocadas juntas, a espécie nativa
teve seu crescimento suprimido pela invasora. Nos tratamentos puros, os indivíduos
da espécie nativa cresceram em tamanho, mas somente três indivíduos se tornaram
reprodutivos. No entanto, muitos indivíduos da espécie invasora cresceram em
tamanho e se reproduziram em todos os tratamentos, mostrando sempre uma
alocação de recursos tanto para crescimento quanto para reprodução. Ambas as
espécies tiveram sua capacidade fotossintética reduzida nos tratamentos mistos,
porém, os valores da espécie invasora se mantiveram mais constantes. Portanto,
concluímos que a espécie invasora é possivelmente mais tolerante a situações de
estresse e utiliza os recursos de maneira mais eficiente, o que poderia explicar o seu
sucesso na invasão.