masterThesis
O cinema de Gus Van Sant e a temporalidade do afeto
Registro en:
Autor
Dias, Rafael Batista
Institución
Resumen
Para que servem cinemas de limiar estético? Sobre que fios de tempo delicados deitamse
imagens e narrativas contemporâneas densas? Compreendendo um esforço em
recontar o cotidiano por meio de nosso tecido de afetos, esta dissertação usa o cinema
de Gus Van Sant como escopo para uma bandeira teórica: a necessidade de uma nova
“arqueologia” da memória (Didi-Huberman) que dê conta também de experiências
“sublimes no banal” (Lopes). O corpus deste estudo centra-se na Trilogia da Morte
(Gerry, Elefante e Últimos Dias), momento em que a obra vansantiana remete aos
“cristais de tempo” (Deleuze) a partir do uso de nuvens como motif poético onipresente,
mesmo que rarefeitas e insuspeitas sob a forma de reflexos (o duplo) e de névoa. Este
texto também destaca, a efeito de introdução, os vínculos de Van Sant com outras
experimentações estéticas que antecipariam suas preocupações atuais: a ligação com a
Contracultura americana nas artes plásticas (Pop-art), no cinema (Cinema de
Vanguarda e New Queer Cinema) e na literatura (Geração Beat). FACEPE