Tesis
Atividade física e bem-estar em adultos do município de Campinas - SP : estudo de base populacional ISAcamp 2014/15
Physical activity and well-being in adults of Campinas - SP : population-based study ISAcamp 2014/15
Registro en:
SANTOS, Matheus Henrique dos. Atividade física e bem-estar em adultos do município de Campinas - SP: estudo de base populacional ISAcamp 2014/15. 2017. 1 recurso online (115 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Medicas, Campinas, SP.
Autor
Santos, Matheus Henrique dos, 1985-
Institución
Resumen
Orientador: Margareth Guimarães Lima Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Medicas Resumo: INTRODUÇÃO: A prática regular de atividades físicas pode promover diversas mudanças na saúde das pessoas, mas a atividade física não é somente aquela realizada no lazer. As atividades físicas no deslocamento, domésticas e no trabalho, também podem ter sua importância na saúde das pessoas. OBJETIVO: Analisar a associação entre atividade física nos domínios de trabalho, deslocamento, doméstico e lazer com condições demográficas, socioeconômicas, com a presença de transtorno mental comum (TMC) e com o bem-estar na população adulta de Campinas. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal de base populacional que analisou dados de indivíduos adultos, não institucionalizados e com idade de 20 a 59 anos, entrevistados no Inquérito ISACamp 2014/15. As variáveis dependentes do estudo foram os quatro domínios de atividade física (doméstico, deslocamento, ocupacional e de lazer) avaliadas por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ, versão longa) e categorizadas em duas classificações: inativo e ativo mais insuficientemente ativo. Foram estimadas as prevalências das variáveis dependentes do estudo segundo variáveis independentes: condições demográficas, socioeconômicas, doenças crônicas, TMC, sentimento de felicidade nas últimas quatro semanas, satisfação com a vida, relato de solidão. Foram testadas as diferenças por meio do teste qui-quadrado, utilizando o programa de análise de dados STATA (versão 14). Também foram estimadas as razões de prevalências e intervalos de confiança por meio de regressão de Poisson, simples e múltipla. Os ajustes foram feitos utilizando as variáveis: sexo, idade, escolaridade, número de doenças crônicas e problemas de saúde. RESULTADOS: A pesquisa analisou os dados de 1013 adultos entre 20 e 59 anos. As prevalências de indivíduos ativos mais insuficientemente ativos nos quatro domínios de atividade física foram: no trabalho, 15,4%; no deslocamento, 52,4%; no doméstico, 43,34% e no lazer, 40,47%. Os homens foram mais ativos no domínio ocupacional (RP=2,77) e menos ativos no domínio doméstico (RP=0,60). As pessoas com idade entre 50 e 59 anos foram mais ativas no domínio doméstico (RP=1,72) e menos ativas no lazer (RP=0,72). Indivíduos de pele branca foram menos ativos no domínio doméstico (RP=0,79) e mais ativos no lazer ( RP=1,49); as pessoas que nunca se casaram foram menos ativas no domínio ocupacional (RP=0,61) e também no domínio doméstico (RP=0,76) e mais ativas no lazer (RP=1,46). Aqueles indivíduos que vieram de outro estado foram mais ativos no domínio doméstico (RP=1,28). As pessoas com 9 anos ou mais de escolaridade foram significativamente mais ativas no lazer (RP=3,13), os participantes que declararam possuir renda superior a três salários mínimos foram menos ativos no domínio doméstico (RP=0,66) e mais ativos no lazer (RP=1,90), as pessoas que vivem com seis ou mais pessoas no domicílio foram menos ativas no lazer (RP=0,47) assim com as pessoas que têm quatro ou mais filhos (RP=0,37), os participantes que possuem plano privado de saúde foram menos ativos nos domínios ocupacional (RP=0,62) e doméstico (RP=0,80) e mais ativos no lazer (RP=1,71). A menor prevalência de atividade física doméstica foi observada em ambos os indivíduos que se sentem felizes por menor tempo (RP=0,64) e que relatam solidão (RP=0,69). A prevalência de atividade física no deslocamento também foi menor naqueles que relataram solidão (RP=0,73). CONCLUSÃO: O estudo aponta que o domínio de deslocamento se associou à menor solidão, assim como a atividade física doméstica, que também esteve associada ao maior sentimento de felicidade. Poucos estudos avaliaram diretamente essas associações, e esse estudo pode colaborar com um maior entendimento do tema Abstract: INTRODUCTION: The regular practice of physical activities can promote many changes in the people health, but physical activity is not only performed in leisure time. Physical activities, both household and at work, also is important in people's health. OBJECTIVE: To analyze the association between physical activity in the domains of work, transportation, domestic and leisure time, with demographic, socioeconomic conditions, common mental disorder (CMD) and well-being in the adult population of Campinas. MATERIALS AND METHODS: This was a cross-sectional population-based study that analyzed data from non-institutionalized adults aged 20-59 years, interviewed in the ISACamp 2014/15 health survey. The dependent variables of the study were the four domains of physical activity (household, transportation, occupational and leisure time) evaluated with the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ, long version) and categorized into two classifications: inactive and active more insufficiently active. The prevalence of dependent variables was estimated according to independent variables: demographic, socioeconomic conditions, chronic diseases, TMC, feeling of happiness in the last four weeks, loneliness and life satisfaction. Differences were tested by the chi-square test, using the STATA data analysis program (version 14). Prevalence ratios and confidence intervals were also estimated using simple and multiple Poisson regression. The analysis were adjusted by sex, age, schooling, number of chronic diseases and health problems. RESULTS: The study analyzed the data of 1013 adults (20 to 59 years old). The prevalence of actives and insufficiently actives individuals in the four domains of physical activity were: at work, 15.4%; transportation, 52.4%; In domestic, 43.34%; in leisure time, 40.47%. Males were more active in the occupational domain (PR = 2.77) and less active in the domestic domain (PR = 0.60). People aged 50-59 years were more active in the domestic domain (PR = 1.72) and less active at leisure time (PR = 0.72). According to skin collor, white individuals were less active in the domestic domain (PR = 0.79) and more active in leisure time (PR = 1.49); people who never married were less active in the occupational domain (PR = 0.61), domestic domain (PR = 0.76) and more active in leisure time (PR = 1.46). Those individuals who came from another state were more active in the household domain (PR = 1.28); people with 9 years or more of schooling were significantly more active at leisure time (PR = 3.13); participants who reported income above three minimum wages were less active in the household (RP = 0.66) and more active leisure time domains (PR = 1.90). People living with six or more people at home were less active at leisure time (PR = 0.47), as well people who had four or more children (PR = 0.37). Participants who had a private health plan were less active in the occupational (RP = 0.62) and domestic domains (PR = 0.80); and more active in leisure time (RP = 1.71). The lowest prevalence of household physical activity was found in both, who feel happy for a small part of the time or never (RP=0,64), and who reported loneliness (RP=0,69). The prevalence of transportation physical activity was also lower in those with loneliness report (RP=0,73). CONCLUSION: The study pointed out that the transportation domain were associated with less loneliness, as well as household physical activity, which also associated with greater happiness. Few studies have directly evaluated these associations, and this study may contribute to a better understanding of the topic Mestrado Epidemiologia Mestre em Saúde Coletiva, Política e Gestão