Tesis
Efeito de diferentes glicosaminoglicanos no tempo de trombose arterial e re-endotelização da artéria carótida de camundongos após lesão induzida por cloreto férrico
Effect of different glycosaminoglycans in arterial thrombosis time and re-endothelization of the carotid artery of mice after ferric chloride-induced thrombosis model
Registro en:
SILVA, Andressa Raysa da Costa e. Efeito de diferentes glicosaminoglicanos no tempo de trombose arterial e re-endotelização da artéria carótida de camundongos após lesão induzida por cloreto férrico. 2017. 1 recurso online (88 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP.
Autor
Silva, Andressa Raysa da Costa e, 1988-
Institución
Resumen
Orientador: Cristina Pontes Vicente Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia Resumo: A trombose arterial é uma doença na qual ocorre interrupção do fluxo sanguíneo de uma artéria, levando a isquemia do vaso. No caso de uma artéria que oxigena o cérebro, pode levar ao acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) e em uma artéria coronariana pode levar ao infarto do miocárdio. A trombose ativa também o processo inflamatório e, depois de alguns dias, pode promover a proliferação exacerbada de células musculares lisas da camada média para a intima do vaso, ocluindo o lúmen do vaso e formando a camada de neointima que pode obstruir o vaso. Agentes como o dermatan sulfato (DS), Heparina e a Heparina de baixo peso molecular (HBPM) são glicosaminoglicanos (GAGs), utilizados na clínica médica e que possuem atividade anticoagulante, antiinflamatória e antitrombótica. No presente estudo, comparamos o efeito destes três agentes na prevenção inicial de trombose e no processo inflamatório após a lesão vascular e na formação de neointima quatorze dias após injúria arterial em camundongos C57BL/6 pelo modelo de lesão arterial por cloreto férrico. O tempo de trombose foi determinado por medição do fluxo sanguíneo no vaso lesionado. A resposta inflamatória e o remodelamento dos vasos foram determinados quantificando-se por ensaio de imunofluorescência a presença da molécula de adesão intercelular I (ICAM) e a molécula marcadora de leucócitos (CD11b). O marcador CD34 foi analisado para se verificar a presença de progenitores endoteliais e o CD31 para a presença de endotélio nos vasos. Além disso, analisamos se estes GAGs interferem na coagulação sanguínea por análise de TTPA, tempo de protrombina e de sangramento e verificamos se interferem na atividade de metaloproteinases. A formação de trombo em animais é menor no tratamento com Heparina e o DS é mais eficiente que a HBPM. O TTPA é prolongado cerca de 5 vezes pela heparina, 1,9 vezes pela HBPM e 1,7 pelo DS em 24 horas após lesão vascular; o tempo de sangramento foi prolongado em cerca de 5 vezes pela heparina, cerca de 1vez pela HBPM e 3 vezes pelo DS. A presença de células CD 11b positivas foi cerca de 3 vezes menor no tratamento com DS comparando-se com Heparina e HBPM e a marcação com ICAM-1 não foi alterada em animais tratados com DS e cerca de 40% maior que o controle em animais tratados com Heparina e com HBPM. As artérias lesionadas de animais tratados com DS, Heparina e HBPM apresentaram cerca de 3 vezes mais CPEs. O tratamento com DS diminuiu a atividade de gelatinases no tempo inicial em relação a heparina e de forma semelhante em 14 dias após a lesão e a HBPM foi a menos eficiente neste processo. A formação de neointima analisada 14 dias após lesão foi menor nos animais tratados com DS que os com Heparina e HBPM. Desde modo, pudemos observar que o tratamento com os glicosaminoglicanos melhora de uma forma geral o processo trombótico inicial e o remodelamento vascular permitindo uma recuperação melhor do endotélio lesionado com diminuição da formação da neointima. No entanto, observamos que o DS foi o agente mais eficiente na diminuição da neointima e, embora a heparina seja mais eficiente na diminuição da formação do trombo inicial e prolongue acentuadamente o tempo para a formação de trombo, o DS inibe mais eficientemente a migração de células inflamatórias para o local da lesão e também proporciona grande migração de CPEs. Deste modo podemos sugerir que o tratamento com DS pode ser adjuvante a lesão arterial, não só diminuindo restenose vascular, mas também proporcionado a melhor recuperação do endotélio após a lesão sem os riscos produzidos pelo tratamento com a heparina como processo hemorrágicos e a trombocitopenia induzida por heparina Abstract: Arterial thrombosis is a disease in which arterial blood flow ceases, leading to vessel ischemia. In the case of an artery that oxygenates the brain, thrombosis can lead to ischemic stroke (IS)) and in a coronary artery can lead to myocardial infarction. Thrombosis also activates the inflammatory process and, after a few days, can promote exacerbated proliferation of smooth muscle cells from the middle layer to the lumen of the vessel, occluding it and forming the neointima layer that obstruct the vessel. Agents such as dermatan sulfate (DS), heparin and low molecular weight heparin (LMWH) are glycosaminoglycans (GAGs), used in medical practice that have anticoagulant, anti-inflammatory and antithrombotic activities. In the present study, we compared the effects of these three agents on the initial prevention of thrombosis and inflammatory processes after vascular injury and in the formation of neointima fourteen days after arterial injury in C57BL / 6 mice using the ferric chloride-induced thrombosis model. Thrombosis time was determined by measuring the blood flow in the injured vessel. The inflammatory response and vessel remodeling were determined by quantifying the presence of intercellular adhesion molecule I (ICAM) and the leukocyte marker molecule (CD11b). The CD34 marker was used to analyze the presence of endothelial progenitors cells and CD31 for the presence of endothelial cells in the vessels. In addition, we analyzed whether these GAGs interfere with blood coagulation by APTT analysis, prothrombin time and bleeding time, and we verified whether they interfere with the activity of metalloproteinases (gelatinases). As a result, we observed that thrombus formation in animals is decreased after heparin treatment and DS is more efficient than LMWH. Heparin, 1.9 fold by LMWH and 1.7 by DS within 24 hours after vascular injury prolong about APTT 5 times. Bleeding time was prolonged 5 times by heparin, 1 time by LMWH and 3 times by DS. The presence of CD 11b positive cells was about 3-fold lower in DS treatment compared to Heparin and LMWH, and the ICAM-1 labeling was unchanged in DS treated animals and about 40% higher than the control in animals treated with Heparin and LMWH. The injured arteries of animals treated with DS, Heparin and LMWH exhibited about 3 times more CPEs. DS treatment further decreased gelatinases activity at time zero than heparin and similarly at 14 days post-injury and LMWH was the least efficient in this process. The formation of neointima analyzed 14 days after injury was lower in DS treated animals than those with Heparin and LMWH. Thus, it has been observed that treatment with glycosaminoglycans generally decreases the initial thrombotic process and vascular remodeling allowing better recovery of the injured endothelium with decreased neointima formation. However, we observed that DS was the most efficient agent in the reduction of neointima and that although heparin is more efficient at decreasing initial thrombus formation and markedly prolongs the time to thrombus formation. DS more effectively inhibits the migration of inflammatory cells to the lesion site and enhances extensive migration of CPEs. Thus we may suggest that DS may be used as an arterial injury treatment, not only for decreasing vascular restenosis, but also to provide better recovery of the endothelium after injury without the risks produced by treatment with heparin, such as hemorrhage and thrombocytopenia induced by heparin Mestrado Biologia Celular Mestra em Biologia Celular e Estrutural CAPES
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