Tesis
Possíveis marcadores de estresse oxidativo para câncer de pele não melanoma : efeito da suplementação de vitamina C, E e mineral zinco em indivíduos que tiveram câncer de pele não melanoma
Possibles markers of oxidative stress for non- melanoma skin câncer : effect of suplemmentation of vitamin C,E e zinc in individuals who had non-melanoma skin cancer
Registro en:
Autor
Freitas, Betânia de Jesus e Silva de Almendra, 1962-
Institución
Resumen
Orientador: Patrícia Moriel Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Estudos acerca da influência do estresse oxidativo sobre o equilíbrio cutâneo, sobretudo por seus efeitos devastadores sobre a integridade da pele, são essenciais para a proposição de estratégias de intervenção preventivas para o desenvolvimento do câncer de pele. O objetivo do estudo foi comparar o estresse oxidativo de indivíduos que tiveram e não tiveram câncer de pele não melanoma e avaliar o efeito da suplementação combinada de vitaminas C, E e mineral Zinco no estresse oxidativo de indivíduos que apresentaram a doença. O estudo foi dividido em duas fases: a fase 1 foi um estudo transversal com controles, cuja população foi constituída por pessoas saudáveis (n = 24) e o grupo caso constituído por indivíduos que apresentaram câncer de pele não melanoma já submetidas a tratamento cirúrgico (n = 60). E a fase 2, um ensaio clínico randomizado e duplo cego, no qual os pacientes do grupo caso foram randomizados em dois subgrupos: grupo placebo (n = 34) e grupo suplementado (n = 26) com 50 mg de vitamina C, 60 mg de vitamina E e 40 mg de Zinco durante 8 semanas. As amostras de sangue dos sujeitos foram obtidas no período basal e após intervenção para a avaliação dos biomarcadores de estresse oxidativo (F2-isoprostano, nitrito, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e capacidade antioxidante total). O consumo alimentar habitual e o estado nutricional dos sujeitos foram avaliados. Para identificação dos fatores associados ao câncer de pele foi utilizada a análise de regressão logística univariada e multivariada. O nível de significância adotado para este estudo foi de 5%. A maioria dos pacientes estudados foram do sexo feminino com idade superior a 50 anos. Os pacientes do grupo caso apresentaram mais elevadas concentrações séricas dos biomarcadores de estresse oxidativo, sendo que as concentrações de F2-isoprostano estavam significativamente mais elevadas em comparação com os controles. Após suplementação não houve diferença estatística entre os grupos placebo e suplementado em relação aos marcadores de estresse oxidativo. A idade e o F2-isoprostano podem ser marcadores de risco para o câncer de pele não melanoma, a cada ano a mais para o fator idade aumenta em 12% a chance de câncer e cada unidade a mais na medida do marcador aumenta em 4% a chance de câncer. Os resultados mostraram prevalência de sobrepeso no grupo controle com diferença estatística significativa em relação ao grupo caso. As concentrações dietéticas dos minerais antioxidantes zinco, cobre e selênio do grupo caso foram estatisticamente inferiores em relação aos controles e não houve diferença estatística nas concentrações dietéticas dos nutrientes antioxidantes entre os grupos suplementado e placebo. Este estudo sugere que pessoas diagnosticadas com câncer de pele não melanoma e que no momento da realização da pesquisa não mais apresentavam a doença, mostravam elevado estresse oxidativo, quando comparadas a pessoas saudáveis. A suplementação de antioxidantes pelo período de tempo realizado no trabalho não provocou redução significativa nas concentrações dos marcadores de estresse oxidativo dos pacientes. O estudo ainda sugere que o marcador de estresse oxidativo F2-isoprostano pode ser utilizado como um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele não melanoma Abstract: Studies investigating the influence of oxidative stress on skin homeostasis, especially for its devastating effects on skin integrity, are essential for the development of preventive intervention strategies for skin cancer. The goal of this study was to compare the concentrations of oxidative stress biomarkers in blood between individuals with and without non-melanoma skin cancer and evaluate the effect of combined supplementation with vitamins C, E, and the mineral zinc on oxidative stress in skin-cancer patients. The study was divided into two stages: stage 1 was cross-sectional study with controls, whose population consisted of healthy individuals (n = 24) and the case group included individuals who had non-melanoma skin cancer undergoing surgery (n = 60). And the second phase a randomized, double blind clinical trial where patients in the case group were randomized into two subgroups: placebo (n =34) and a supplemented group (n = 26) who received 50 mg of vitamin C, 60 mg of vitamin E, and 40 mg of zinc for 8 wk. Blood samples were taken from the subjects before and after intervention to evaluate levels of oxidative stress biomarkers (F2-isoprostane, nitrite, thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) and total antioxidant capacity. The usual food consumption and nutritional state of the subjects were also evaluated. Multivariate and univariate logistics regression analysis were used to identify factors associated with the development of skin cancer. The level of significance adopted for this study was 5%. The majority of participants were women over the age of 50. The patients in the case group had higher serum concentrations of oxidative stress biomarkers, and the levels of F2-isoprostane were significantly higher than the controls. After antioxidant supplementation there was no statistical difference in the markers of oxidative stress among the placebo and supplemented groups. Age and F2-isoprostane may be effective biomarkers for estimating the risk of non-melanoma skin cancer development. Moreover, the risk of cancer increases with age at a rate of 12% per year, while an increase in concentration of these biomarker in blood increases the risk of cancer by 4%. These results showed a prevalence of excess weight in the control group with significant statistical difference from the case group. The dietary intake of the mineral antioxidants zinc, copper, and selenium of the case group were significantly lower than the control group, and there was no statistical difference in the dietary intake of the antioxidant nutrients among the supplemented and placebo groups. This study suggests that people diagnosed with non-melanoma skin cancer and those in remission at the time of the study, exhibited higher concentration oxidative stress than healthy individuals. The antioxidant supplementation by period the work performed did not cause significant reduction in serum concentrations of oxidative stress biomarkers of the patients. The results suggest that the concentration of the oxidative stress biomarker, F2-isoprostane, may serve as risk factor for non-melanoma skin cancer development Doutorado Ciencias Biomedicas Doutora em Ciências Médicas