Autor
Martins Ferreira Gaspar, Patricia
Passos Piveli, Roque
Alem Sobrinho, Pedro
Resumen
This paper presents and discusses operational results of a pilot UASB reactor followed by an activated sludge unit for domestic wastewater, aiming the removal of nitrogen and phosphorus. Four experiments were run, maintaining the sludge age of approximately 10 days in all the experimental stages. In order to evaluate the phosphorus removal 4 experiments were carried out with the following operational conditions: STAGE 1) without addition of coagulant or polymer; STAGE 2) addition of ferric chloride (80 mg FeCl3/L), without polymer addition; STAGE 3) addition of ferric chloride (80 mg FeCl3/L), and of 1mg/L cationic polymer; and STAGE 4) ) addition of ferric chloride (150 mg FeCl3/L), without polymer addition. The following conclusions were obtained: A) The activated sludge process, treating the effluent of an UASB reactor, is not efficient for nitrogen removal, due to the low amount of organic matter, needed by the organisms that carry out to denitrification; B) As far as ammonia removal is concerned, the activated sludge process is effective, as average removal efficiencies above 95% were reached; C) The use of ferric chloride for the physical‐chemical removal of phosphorus was shown effective only for high relations Fe/Total P. Fe/Total P average relations ranged from 2.0 to 5.6 in the operational stages. With Fe/Total P relations from 1.5 to 2.1:1 and 2.3 to 2,8:1 the expected phosphorus removals in the order of 85% and 95%, respectively, did not occur. The average efficiencies of total phosphorus removal varied from 63 to 94% in the operational stages; D) The average relations of MLVSS/MLSS varied from 0.7 to 0.5 in the operational stages; the reduction of this relation is due to the generation of "chemical sludge"; and E) The system was shown efficient for the removal of organic matter. The average efficiencies of organic matter removal varied from 73 to 87% for total COD, in the operational stages.
No presente trabalho são apresentados e analisados os resultados operacionais de uma unidade piloto de lodo ativado para o tratamento de esgoto doméstico, pré-tratado por processo anaeróbio em reator UASB, visando a remoção de nitrogênio e fósforo. Os experimentos foram conduzidos mantendo a vazão afluente e de retorno de lodo em 50 L/h e a idade do lodo de aproximadamente 10 dias em todas as etapas. Para avaliar a remoção de fósforo foram realizados 4 experimentos com as seguintes condições operacionais: ETAPA 1) sem adição de cloreto férrico nem de polímero; ETAPA 2) adição do coagulante cloreto férrico, de forma a resultar uma concentração de 80 mg FeCl3/L no esgoto e sem dosagem de polímero; ETAPA 3) adição do cloreto férrico, de forma a resultar uma concentração de 80 mg FeCl3/L no esgoto e de polímero catiônico de médio peso molecular, perfazendo uma concentração de 1 mg/L no esgoto; e ETAPA 4) adição de cloreto férrico de forma a resultar uma concentração de 150 mg FeCl3/L no esgoto e sem emprego de polímero. Foi possível obter as seguintes conclusões: A) O sistema de lodo ativado, como póstratamento de efluentes de reatores anaeróbios não é eficiente na remoção de nitrogênio devido a pouca disponibilidade de matéria orgânica para os organismos que realizam a desnitrificação; B) Em se tratando da remoção de amônia, o sistema de lodo ativado se mostrou eficaz, foram alcançadas eficiências médias de remoção acima de 95%; C) O uso de cloreto férrico para a remoção físico-química de fósforo mostrou-se eficaz somente para elevadas relações Fe/Ptotal do afluente. As relações médias Fe/Ptotal do afluente variaram de 2,0 a 5,6 nas etapas de operação. Com relações Fe/Ptot de 1,5 a 2,1:1 e 2,3 a 2,8:1 esperava se alcançar remoções de fósforo da ordem de 85% e 95%, respectivamente, o que não ocorreu. As eficiências médias de remoção de fósforo total variaram de 63 a 94% nas etapas de operação; D) As relações médias de SSVTA/SSTA variaram de 0,7 a 0,5 nas etapas de operação, a redução dessa relação com a aplicação do cloreto férrico é devido a formação de “lodo químico”; e E) O sistema se mostrou eficiente na remoção de matéria orgânica. As eficiências médias de remoção de matéria orgânica, em termos de DQO total, variaram de 73 a 87% nas etapas de operação.