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Processos físico-químicos e biológicos do tratamento de efluentes produzidos em uma indústria de abatimento de suínos (fase de tratamento secundário utilizando lagoa anaeróbia)
Autor
Nadaletti, Willian Cézar
Resumen
Educação Superior::Engenharias::Engenharia Química Desde os primórdios da civilização, a carne é uma das principais fontes de alimentação do homem, o que levou ao aperfeiçoamento das técnicas de abate de animais e a produção em larga escala deste produto. Os frigoríficos de maneira geral, lançam seus efluentes em corpos hídricos. Estes efluentes possuem uma elevada vazão e grande quantidade de sólidos em supensão, DBO e nitrogênio orgânico e, em razão de sua constituição, esses despejos decompoem-se em poucas horas, produzindo gases de cheiro forte e gerando incômodos à população que ali reside. Os sitemas de tratamento de efluentes permitem a transformação dos poluentes dissolvidos e em suspensão em gases inertes ou sólidos estáveis. Desta forma, não podemos considerar que houve tratamento, se não houve a formação de gases inertes ou lodo estável. Lavoisier propôs a Lei sobre a Conservação da Matéria, onde, no caso de tratamento de efluentes é possível observar a necessidade de que as substâncias ou materiais dissolvidos e em suspensão na água sejam transformados em materiais estáveis ambientalmente e não apenas tranferindo a poluição de forma e lugar. Após o processo primério de tratamento do efluente, composto por filtros e decantadores de linha verde e vermelha, o efluente segue para o tratamento secundário. Esta etapa compreende todo o processo biológico de tratamento, podendo ser de natureza aeróbia, anaeróbia ou facultativa, visando a remoção da matéria orgânica em solução biodegradável. Os processos biológicos reduzem a DBO de 70 a 95% e os sólidos em suspensão de 80 a 95%. No tratamento secundário, aplicam-se as lagoas de estabilização. A primeira lagoa anaeróbia consiste de uma forma alternativa de tratamento, através do lançamento de uma grande carga de DBO por unidade de volume da lagoa, fazendo com que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezes maior que a taxa de produção, com uma eficiência da ordem de 50 a 60%. A carga de DBO ainda é alta, fazendo-se necessário uma unidade posterior de tratamento. A profundidade destas lagoas variam de 3 a 5 metros, para garantir a predominância das condições anaeróbias, evitando que a lagoa torne-se facultativa