dc.description | Introdução: O plantio de pau-brasil (Caesalpinia echinata) se faz necessário para sobrevivência da espécie e para atender a demanda mundial de sua madeira, principalmente para a fabricação de arcos de violino. Trata-se de uma espécie climácica que deve ser plantada sob a copa de outras árvores. Objetivos: objetivou-se acompanhar o crescimento de plantas de pau-brasil plantadas no sub-bosque de implantações florestais já estabelecidas. Métodos: O plantio das mudas de pau-brasil foi realizado em maio de 2003 em três áreas de reflorestamentos com espécies nativas, sendo duas em áreas ribeirinhas (R1 e R2) e uma de interflúvio em solo mais seco (R3), da UNESP/FCAV, Campus de Jaboticabal-SP. O reflorestamento R1 foi realizado em uma área de 0,37 ha, com o plantio de 694 mudas de 23 espécies arbóreas nativas em fevereiro de 1990. No R2 foram plantadas 2.204 mudas de 86 espécies em 1,12 ha em setembro de 2001. O R3 foi feito com o plantio de 2.054 mudas de 87 espécies em 1,08 ha em junho de 1999. No R2 e R3 foram aplicados 225 g/planta de Termofosfato Yoorin (14% de P2O5), em linha no sulco de plantio. No R3 também foram adicionados 2 litros/cova de esterco bovino e foram feitas adubações orgânicas em cobertura nos dois primeiros anos. Foram plantadas em cada área 15 mudas de pau-brasil em covas de 30 cm x 30 cm. Em cada cova foi adicionada 100 gramas de superfosfato simples. Foram avaliados a altura, o diâmetro do caule (a 20 cm de altura do solo) e a sobrevivência das plantas no plantio (maio de 2003) e aos 27 meses de idade. Resultados: As alturas e os diâmetros médios das mudas no plantio foram, respectivamente, de 66 cm e 5,65 mm no R1, de 54 cm e 4,89 mm no R2 e de 45 cm e 4,53 mm no R3. Aos 27 meses de idade, as médias de altura e diâmetro foram respectivamente de 112 cm e 7,45 mm no R1, 148 cm e 9,88 mm no R2 e 59 cm e 6,22 mm no R3. No período de 27 meses de idade nas condições de campo, as plantas apresentaram um incremento de altura de 46 cm no R1, 94 cm no R2 e de apenas 5 cm no R3. Com relação ao diâmetro, os incrementos foram de 1,8 mm no R1, 5,0 mm no R2 e 1,7 mm no R3. A sobrevivência das plantas foi de 87% no R1, 80% no R2 e de 13% no R3. O maior crescimento e sobrevivência das plantas no R1 e R2 se deu pela maior umidade e fertilidade do solo nas áreas ribeirinhas do que no R3, onde o solo é mais seco, o dossel mais aberto e com presença de gramíneas. | |