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Laboratório de investigação de paternidade: 6 anos de dedicação à extensão, agregando valor à pesquisa e ao ensino
Registro en:
Revista Ciência em Extensão, v. 3, suplemento, p. 41, 2007.
1679-4605
ISSN1679-4605-2007-03-41.pdf
Autor
Martins, Joyce Aparecida
Longo, Larissa Valle Guilhen
Paneto, Greiciane Gaburro
Pereira, Gabriela Augusto
Freschi, Adriana
Camargo, Maria Angélica de
Mello, Aline Caroline Omai de
Costa, Jeane Cristina
Alvarenga, Vera Lucy de Santi
Cicarelli, Regina Maria Barreto
Resumen
Introdução: O laboratório iniciou suas atividades em 2001, oferecendo, diretamente para clientes particulares ou através da Justiça, exames de filiação pela análise do DNA. A partir de 2002, este passou a realizar análises de identificação humana em vestígios biológicos para finalidade forense e, em 2003, começou a desenvolver pesquisas na área de identificação humana. Em 2006, foi estabelecida uma parceria com o IMESC (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo) via Secretaria da Saúde de Araraquara, ficando o laboratório responsável por coletar material biológico para exame de DNA em mais de 17 municípios. Objetivos: Oferecer à comunidade testes laboratoriais de qualidade que possam ser utilizados para fornecer evidências objetivas, imparciais e definitivas quanto à identidade humana e, através das pesquisas, obter dados genético-populacionais da população brasileira, ainda insuficientes. Métodos: Nos casos de investigação de paternidade, foram analisados amostras sanguíneas de casos trio (mãe, filho e suposto pai), duo (filho e suposto pai) e reconstruções (suposto pai ausente), nos casos forenses, foram estudados vestígios biológicos (tais como, ossos, dentes e diferentes tecidos) e amostras-referência (sangue de supostos familiares da vítima). Para a genotipagem dos DNAs, extraídos por diferentes técnicas, foi utilizada a reação em cadeia de polimerase e corrida eletroforética em seqüenciador automático. Foram produzidos perfis genéticos que, quando comparados, permitiram afirmar a existência ou não de vínculo biológico entre as amostras, calculando-se a probabilidade estatística de tal evidência. No campo da pesquisa, têm sido estudados marcadores genéticos autossômicos, dos cromossomos sexuais (X/Y) e DNA mitocondrial na população brasileira. Resultados: Até o início do decorrente ano, 500 famílias (IMESC) foram atendidas e 08 perícias forenses e 127 (113 trios, 9 duo e 5 reconstruções) investigações de paternidade foram realizadas, sendo que todo o trabalho é realizado com a colaboração do grupo discente, sob a coordenação das Professoras R.M.B. Cicarelli e V.L.S. Alvarenga. Todas as análises forenses consistiram de exames particulares, as de paternidade, 66% foram particulares e 34% judiciais. Os resultados obtidos se subdividiram em inclusão (63%), exclusão (35,5%) e inconclusivo (1,5%), sendo este último relacionado às perícias criminais. Foram orientados 4 iniciações científicas (1 em andamento), 2 mestrados (1 em andamento) e 1 doutorado (em andamento). Quatro trabalhos já foram publicados, gerando informações importantes sobre: 15 STRs autossômicos e 12 Y-STR na população de Araraquara e São Paulo, respectivamente, presença de heteroplasmia na análise do DNA mitocondrial e Controle de Qualidade Latino Americano.