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O “Apolíneo” e o “Dionisíaco” n’A montanha mágica: a dialética como paródia do Bildungsroman
Registro en:
MENDES, Regina Alves. O “Apolíneo” e o “Dionisíaco” n’A montanha mágica: a dialética como paródia do Bildungsroman. 2014. 93 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.
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33004030016P0
Autor
Mendes, Regina Alves
Resumen
A presente dissertação de mestrado busca estabelecer uma comparação entre os conceitos “apolíneo” e “dionisíaco” apresentados por Thomas Mann em seu romance A montanha mágica (1924) e por Nietzsche em O Nascimento da Tragédia ou Helenismo e Pessimismo (1872), de modo a verificar em que se assemelham ou diferenciam, segundo a perspectiva assumida pelos autores na concepção do individualismo. Investigaremos em que medida a noção do individual presente em Mann – constituída pela dialética razão e emoção – conjuga-se às teorias engendradas por Nietzsche em seu primeiro livro, buscando entender a construção da ironia no romance, mais particularmente aquela tocante ao narrador que, dissimuladamente, pretende conduzir o leitor quanto à caracterização da personalidade/intelectualidade do protagonista em formação. Procuraremos, então, como objetivo principal, apreender de que maneira o recurso irônico utilizado na construção do romance ícone da modernidade alemã o distingue do paradigma do gênero literário Bildungsroman, Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, analisando para tanto os elementos tempo e Bildung, fundamentais para a compreensão da tessitura paródica da narrativa em questão The present dissertation seeks to establish a comparison between the Apollonian concepts and Dionysian presented by Thomas Mann in his novel The Magic Mountain (1924) and by Nietzsche in The Birth of Tragedy or Hellenism and Pessimism (1872), in order to verify they resemble or differ from the perspective assumed by the authors in the conception of individualism. We will investigate to what extent the notion of individual present in Mann - constituted by dialectical reason and emotion - is conjugated to theories engendered by Nietzsche in his first book, seeking to understand the construction of irony in the novel, particularly what concerns to the narrator, who covertly intends to lead the reader as to characterization of personality/intellectuality of the protagonist in formation. We seek, then, as the main goal, apprehend how the ironic resource used in the construction of the emblematic novel of German modernity distinguishes it from the paradigm of Bildungsroman literary genre, Wilhelm Meister's Apprenticeship, analyzing for this purpose, time and Bildung, fundamental elements to understanding the parodic organization of the narrative in question