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A indeterminação pragmática e semântica do sujeito
Registro en:
TEIXEIRA, Maria Luiza de Sousa. A indeterminação pragmática e semântica do sujeito. 2014. 124 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2014.
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33004153069P5
Autor
Teixeira, Maria Luiza de Sousa
Resumen
The indeterminacy of the syntactic function subject has been defined, generally, as a semantic concept involving the notion of lack of reference. In this study, however, we aimed to demonstrate that indeterminacy is a remarkably pragmatic process of different forms of morphosyntactic coding. Based on the theoretical approach of the Functional Discourse Grammar (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), the reference is assumed as a pragmatic concept that is intrinsically related to the fact that the speaker is able to, is willing or is not willing to, identify a referent. Thus, the referent is built into the interaction through discursive and cognitive practices which are socially and culturally situated. Thus, it is in the speech that the speaker expresses the indeterminacy. In order to formulate a concept of indeterminacy that focuses on its pragmatic, semantic and syntactic complexity, the description of the grammatical coding of indeterminacy is based on a sample of different textual genres of argumentative basis of written Brazilian Portuguese. Besides the description of a very diverse forms of indeterminacy strategies, the results showed different types of indeterminacy, as defined only to the speaker, to the listener only, or to both, which led us to propose three types of subject indeterminacy. The integrated analysis of pragmatic, semantic and morphosyntactic levels enabled by the theoretical approach of FDG also allowed the clarification of the relationship between indeterminacy and vagueness. Although this proposal has no intended didactic goals, some possible applications of this research for teaching purposes are discussed A indeterminação da função sintática sujeito tem sido definida, de maneira geral, como um conceito semântico que envolve a noção de falta de referência. Neste trabalho, entretanto, objetivamos demonstrar que a indeterminação é um processo notadamente pragmático de diferentes formas de codificação morfossintáticas. Com base no aparato teórico da Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), admite-se a referência como um conceito pragmático que está intrinsecamente relacionado ao fato de o falante poder, querer ou não querer identificar um referente. Logo, o referente é construído dentro da interação, através de práticas discursivas e cognitivas social e culturalmente situadas. É no discurso, portanto, que o falante expressa a indeterminação. Com vistas a formular um conceito de indeterminação que se centre na complexidade pragmático-semântica-sintática, a descrição dessa codificação gramatical feita neste trabalho parte de córpus formado por diferentes gêneros textuais de base argumentativa da modalidade escrita da língua portuguesa do Brasil. A partir da leitura integral dos textos analisam-se as motivações dadas pela situação comunicativa para que a indeterminação seja marcada morfossintaticamente. Além da descrição de um conjunto bastante diversificado de formas indeterminadoras em língua portuguesa, os resultados permitiram identificar diferentes tipos de indeterminação, conforme ela seja definida só para o falante, só para o ouvinte ou para ambos os interactantes, o que nos levou a propor três tipos de indeterminação do sujeito. A análise integrada dos níveis pragmático, semântico e morfossintático viabilizada pelo aparato teórico da GDF permitiu esclarecer, ainda, a relação entre indeterminação e indefinição. Embora a proposta apresentada de três possibilidades indeterminadoras (Tipo 1, Tipo 2 e Tipo 3) não vise a objetivos didáticos, são apresentadas ...