dc.description | O presente artigo debruça-se sobre as complexidades ou ambiguidades por trás do conceito da informalidade empregado de maneira exógeno para caracterizar as instituições ou formas de trabalhos no sul global, especialmente na Guiné-Bissau, como ilegal, subalternos, inferiores, informais etc. por não estar enquadrado dentro do padrão colonial europeia. Procuramos por meios autores/as que pesquisam sobre a informalidade, onde mostram as complexidades em universalizar o conceito sem levar em conta as especificidades locais e regionais de cada contextos (CERQUEIRA, 2008). O conceito pode ajudar na leitura de algumas categorias dos trabalhos assim também que pode dar ao contrário (FILGUEIRAS, DRUCK, AMARAL, 2004), uma vez que, estas realidades ainda se faz presente o modo de produção e formas de trabalhos pré-coloniais fazem presente, com isso, estas realidades escapam de classificação dualista. A partir desse desafio metodológico para classificação destas formas de trabalhos no sul global, apropriamos de termo “economia do cotidiano” para denominar estes tipos de trabalhos, para escapar desse dualismo eurocêntricos. Para melhor compreensão de debate, adotamos a teoria decolonial como pressupostos teóricos para entender o binarismo classificatório adotado durante o período colonial para classificação do outro como inferior. A decolonialidade surgiu como uma perspectiva teórica que vai contrapor a universalização do conhecimento europeu, demonstrando que outras realidades produzem os seus próprios modos de vida. A partir dessa teoria construímos um termo sociológico para denominação de trabalhos, que escapam a classificação dualista eurocêntrica nos contextos do sul global, a Guiné-Bissau. | |