dc.description | PIRES, Castro Joedson . Biodiversidade de fungos dos Maciços de Baturité e Uruburetama. 2019. 89f. Monografia (Graduação) - Curso de Ciências Biólogicas, Instituto de Ciências Exatas e da Natureza, Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Acarape-Ceara, 2019. | |
dc.description | Em meio a Caatinga cearense encontram-se os brejos de altitude, sendo evidenciados pela pluviometria elevada (1200-2000 mm/ano). Isso se deve pelos obstáculos montanhosos com 9 altitude variando de 600-1100 m que barram os ventos alísios carregados de umidade oriundos do Atlântico, gerando assim um clima bem mais ameno do que no restante do estado, favorecendo
o estabelecimento de uma floresta ombrófila densa. Apesar desses maciços úmidos
representarem apenas cerca de 5% de todo o sertão, é presumível que tais brejos de altitude sejam os lugares com maior riqueza de vida selvagem em meio a Caatinga. Tendo ciência deste fato, o estudo foi realizado nestas zonas de mata úmida do estado do Ceará, na região do Maciço de Baturité e no Maciço de Uruburetama, onde foram realizadas buscas e coletas por fungos macroscópicos dos filos Basidiomycota e Ascomycota – incluindo os fungos entomopatogênicos, sendo a maior ordem (Hypocreales) pertencente a Ascomycota. Atualmente são conhecidas cerca de 99.000 espécies de fungos, das quais 14.510 existem no Brasil. No entanto, isso representa apenas 6,6% das espécies estimadas (1.5 milhões de espécies estimadas). Contudo, nas últimas
décadas as ações antrópicas vêm degradando cada vez mais os biomas terrestres e muitas vezes causando extinções de espécies que ainda nem chegaram a ser conhecidas pela ciência. Foram coletados 335 espécimes morfologicamente distintos de fungos, dentre estes 44 são espécimes morfologicamente distintos de fungos entomopatogênicos e o restante (291) são macrofungos.
Essa grande diversidade de fungos encontrados ressalta a importância da preservação desses brejos de altitude, assim como incentiva a realização de mais pesquisas nesses locais de exceção em meio a região semiárida nordestina. Visto que o contínuo avanço antrópico sobre os recursos naturais disponíveis nessas florestas põe em risco a sobrevivência desses organismos, assim como põe em risco também a nossa existência, pois sem os mesmos, os ciclos biológicos não seriam completos | |