dc.description | Este trabalho, de cunho antropológico, trata das relações estabelecidas entre negritude e moda na cidade de Fortaleza/CE. A pesquisa aborda questões sobre identidade e noção de pessoa, a partir do contexto socioespacial e da produção e comercialização de indumentárias designadas pelas interlocutoras como
moda afro. A primeira parte da pesquisa de campo é composta por entrevistas em profundidade que realizei com três produtoras de moda afro, Lita Stéphanie, Yasmin Djalo e Patrícia Bittencourt, em que pude investigar seus modos de identificação como pessoa negra e sua relação com seu ofício, o qual qualificam como
afroempreendedorismo. A segunda parte da pesquisa se dá na loja colaborativa CearAfro, junto à sua idealizadora e também afroempreendedora Aliciane Barros, em que pude observar em que medida noções como a de diáspora e de identidade, entrelaçando-se com suas práticas comerciais, podem ser meios de acessar e manter seus vínculos de negritude, como também de que modo o afroempreendedorismo, ao promover um contato permanente entre pessoas negras afrocentradas, atua no fortalecimento destes. | |