dc.description | A soja (Glycine max L.) é uma das culturas mais importantes no Brasil, e devido as suas características e o intenso melhoramento genético, esta oleaginosa vem sendo expandida no país para diversas áreas, e a região do semiárido Nordestino surge como suporte a esse avanço, por possuir solos jovens e férteis. No entanto, nessa região é comum a ocorrência de águas subterrâneas (poços) e superficiais (açudes e lagoas) com problemas de salinidade, que restringe seu uso para irrigação. Diante deste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da salinidade da água de irrigação no crescimento, na biomassa e nas trocas gasosas da cultura da soja em solo com fertilizante orgânico. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na área experimental da estação Agrometeorológica da Universidade Federal do Ceará, no período de Maio a Junho de 2016. Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 × 2, referente aos níveis de salinidade da água: (0,8 dS m-1; 1,6 dS m-1; 2,4 dS m-1; 3,2 dS m-1 e 4,0 dS m-1), no solo sem e com biofertilizante bovino, em cinco repetições. Quando as plantas estavam em pleno desenvolvimento vegetativo aos 30 dias após a semeadura fez-se as medições das trocas gasosas (fotossíntese, condutância estomática e transpiração). Já as variáveis de crescimento (altura da planta, número de folha, diâmetro do caule e área foliar) e a biomassa da planta (parte aérea, raiz e total) foram realizadas aos 40 dias após a semeadura. O aumento do teor salino das águas de irrigação prejudica o crescimento em número de folhas, altura, diâmetro do caule, área foliar, fotossíntese, transpiração, condutância estomática, matéria seca da parte aérea, da raiz e total das plantas de soja, porém foi observado efeito atenuador do biofertilizante nos mais altos níveis de salinidade. | |