dc.description | O presente projeto tem como objetivo analisar a maternidade da mulher negra afro-brasileira, no que toca a decisão de ser mãe ou não, a partir do feminismo branco, visto que, apesar de a maternidade ser uma pauta destinada ao sexo feminino, ao tratar das mulheres negras, essa questão se torna, por vezes, um fator socialmente irrelevante, já que o imaginário social coloca o corpo negro como o não preferível para a procriação, mediante ao passado escravista vivido por ela. Metodologicamente utilizaremos o enfoque qualitativo, com a técnica de entrevista semiestruturada, com o universo de 18 entrevistadas. Espera-se com a realização do estudo ampliar a visibilidade e reconhecimento do público acadêmico, principalmente
mulheres negras afro-brasileiras. Com o intuito de obter resultados esperados sobre a temática através de embasamentos teóricos, dialogaremos com os seguintes autoras e autores: bell hooks (2015), Lucila Scavone (2001), Elisabeth Badinter (1985), Heleieth Saffioti (1976, 2011), Florestan Fernandes (2008), dentre outros. Assim, a hipótese deste trabalho baseia-se na crença de que a mulher negra afro-brasileira, a partir das ideias ocidentais, quase sempre foi posta em uma posição de submissão, o que pode levá-la a uma situação inadequada para a procriação, ao passo que retira dela direitos e valores corporais, bem como o poder de decisão. Mesmo depois do início das lutas feministas que proporcionavam alguns direitos, a pautas
delas não incluíam as reinvindicações das mulheres negras. | |