dc.description | A deficiência da Alfa-1-Antitripsina (DAAT, DA1AT) é uma doença de origem genética que
tem diversas implicações quanto ao aumento do risco de desenvolvimento de uma variedade
de patologias, afetando especialmente pulmões e fígado. Em relação à tuberculose poucos
trabalhos relacionam esta doença a proteínas reativas de fase aguda como A1AT, proteína
cujo aumento significativo dos níveis séricos foi identificado em pacientes com TB, porém
sem nenhuma referência ao polimorfismo da mesma. No presente trabalho foi investigada, a
partir de uma verificação de prontuários de pacientes com TB positivos atendidos nas
Unidades Básicas de Saúde de Porto Velho (RO) nos anos de 2007 a 2008, o perfil
epidemiológico da doença no referido município e a ocorrência dos principais alelos
determinantes da DAAT em uma amostra de pacientes. Foram analisados inicialmente 227
prontuários, cuja idade média dos pacientes foi de 35,4 anos (dp= 16,35), sendo 37,4% dos
pacientes atendidos nos períodos de avaliação, do sexo feminino. Foram identificadas falhas
nos registros desta doença, sendo observados prontuários incompletos com ausência de
informações pessoais, resultados de exames básicos de TB, teste de HIV, bem como as
informações clínicas do quadro atual do paciente. A genotipagem molecular para os alelos
PI*S e PI*Z da A1AT (n=66) possibilitou a estimativa das freqüências de PI*S e PI*Z,
respectivamente, de 0, 0379 e 0, 0227. Não houve diferença estatisticamente significativa
entre as freqüências observadas e as esperadas segundo a Lei de Equilíbrio de HardyWeinberg
(p= 0, 2072; dp= 0, 0059). O calculo do risco relativo de desenvolver TB entre os
pacientes e indivíduos da população de Porto Velho não foi estatisticamente significante (p=0,
448), indicando a necessidade de maiores estudos para que se possa concluir com segurança
em relação à associação dos alelos PI e a suscetibilidade a TB. | |