dc.description | A Prostaglandina F2α (PGF), amplamente utilizada em protocolos de sincronização de cio por sua ação luteolítica, tem demonstrado também induzir a ovulação de fêmeas bovinas. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso de um análogo da PGF (d-Cloprostenol) como indutor de ovulação em diferentes protocolos de inseminação artificial em tempo-fixo para bovinos e bubalinos. Para a elaboração da dissertação de mestrado, foram realizados cinco experimentos que estão descritos em dois artigos científicos, os quais serão submetidos para publicação. O objetivo do Artigo 1 foi avaliar a eficiência de um análogo de PGF como indutor de ovulação em búfalas e vacas leiteiras. A hipótese testada foi de que a Prostaglandina induz a ovulação tanto em fêmeas bovinas, como em bubalinas. Dessa forma, três experimentos foram conduzidos, sendo um com búfalas e dois com vacas, ambas em lactação. As fêmeas foram submetidas a protocolos de sincronização de ovulação baseados no uso de estradiol e progesterona para induzir a nova onda folicular e prostaglandina (PGF), como agente luteolítico no momento da retirada do implante de progesterona. No dia da indução da ovulação, as fêmeas receberam d-Cloprostenol (Grupo PGF) ou Solução salina (0,9% de NaCl; Grupo CTL). Avaliações ultrassonográficas foram realizadas para detectar o momento da ovulação de cada fêmea. Com base nos resultados obtidos, constatou-se que nossa hipótese foi parcialmente comprovada, uma vez que a PGF antecipou a ovulação em vacas lactantes, entretanto, os efeitos não foram conclusivos em búfalas lactantes. O Artigo 2 teve como objetivos: 1) avaliar se a Prostaglandina F2α (PGF) pode substituir o cipionato de estradiol (ECP) usado para induzir a ovulação em um protocolo hormonal a base de GnRH e progesterona e 2) determinar se a antecipação da dose luteolítica da PGF seria capaz de potencializar a sua ação ovulatória em um protocolo livre de estradiol. A hipótese foi de que a PGF induz a ovulação de vacas e novilhas submetidas a protocolos livres de estradiol. Dois experimentos foram conduzidos com vacas e novilhas mestiças (Bos taurus vs. Bos indicus). As avaliações ultrassonográficas foram feitas da mesma forma que nos Experimentos do Artigo 1. No Experimento 1, as fêmeas foram tratadas com PGF (Grupo PG), ECP (Grupo ECP) ou NaCl (Grupo CTL) no momento da indução da ovulação, Os resultados obtidos neste Experimento sugerem que, apesar dos indutores hormonais PGF e ECP não diferirem do grupo Controle, o uso de PGF em vacas lactantes tendeu a aumentar a sincronia das ovulações em relação aos animais que não foram induzidos a ovular. No Experimento 2, todas as vacas receberam a dose luteolítica da PGF 24 horas antes da remoção do implante de progesterona e no dia dos tratamentos para induzir a ovulação, um grupo recebeu d-Cloprostenol (Grupo PG) e o outro recebeu NaCL (Grupo CTL). Os resultados demonstraram que a PGF aumentou a taxa de ovulação em comparação com o Grupo que não recebeu estímulo ovulatório, além disso, houve uma tendência de maior sincronia das ovulações no Grupo que recebeu PGF. Com base nos resultados obtidos, concluímos que Prostaglandina F2α antecipa a ovulação em vacas lactantes, além disso, ela pode ser utilizada em protocolos livres de estradiol. Entretanto, mais estudos devem ser conduzidos para avaliar o seu uso em fêmeas bubalinas. | |