dc.description | Atualmente, o uso dos implantes dentários osseointegrados tem aumentado com o passar dos anos, sendo realidade na alternativa para reabilitação bucal. Apesar deste procedimento alcançar altos índices de sucesso, há motivos que o levam ao fracasso, sendo motivos de preocupação para quem o executa. Há três importantes possibilidades que podem levar ao insucesso: trauma cirúrgico, sobrecarga oclusal e infecção bacteriana. A peri-implantite é uma contaminação bacteriana da superfície do implante dentário osseointegrado em função, causando a perda progressiva do osso que o envolve, avançando à perda deste implante dentário. A principal causa da peri-implantite é a infecção bacteriana por isso a importância de que seja diagnosticada precocemente e tratada com eficácia. A proposta do presente trabalho foi diagnosticar e determinar a prevalência da peri-implantite, doença correspondente a periodontite, e relacionar quais bactérias cultiváveis estão envolvidas no desenvolvimento de infecções ao redor dos implantes dentários. A fim de quantificar os parâmetros peri-implantares, 150 indivíduos com implantes dentários reabilitados a mais de 2 anos, de ambos os gêneros foram submetidos à exames intra-bucais através de sondagem, com sonda milimetrada de teflon Hu-friedy® para verificar a profundidade de bolsa peri-implantar . Todos os indivíduos diagnosticados com peri-implantite foram submetidos a uma radiografia periapical da região para observação do nível ósseo radiográfico ao redor do implantes. Para identificação das espécies de bactérias foi utilizada a cultura bacteriana com provas bioquímicas. Todas as coletas apresentaram bactérias cultiváveis que foram isoladas e identificadas em gêneros e espécies. A prevalência da peri-implantite na população examinada foi de 23,34%. Quanto aos implantes avaliados, foram diagnosticados com peri-implantite 9,7%, apresentando uma profundidade de sondagem peri-implantar de 5 a 13 milímetros, tendo como média 8 milímetros e 66% deles apresentaram imagem radiográfica em forma de taça sugerindo perda óssea ao redor dos implantes. Os microrganismos cultivados com maior frequência nas regiões peri-implantares nesta pesquisa foram: Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia/nigrescens/tannerae, Gemella morbillorum, Fusobacterium nucleatum, Parvimonas micra. Esta pesquisa utilizou o Microsoft Excel 2010 na estruturação do banco de dados e a análise estatística foi realizada com o programa SPSS 20 (Statistical Package for Social Sciences). A peri-implantite é uma doença que tende a aumentar de acordo com o uso mais frequente destes implantes, e no atual estudo a sua presença não está ligada as características individuais do paciente, como sexo, faixa etária, quantidade de implante, grau de escolaridade, profissão. Pelos resultados obtidos neste estudo podemos supor que a peri-implantite possa estar relacionada as características dos tecidos peri-implantares, a capacidade de higienização e controle de placa bacteriana ao redor dos mesmos, e, à colonização dos tecidos peri-implantares por bactérias periodontopatogênicas, que se tornam também nocivas aos implantes. | |