| dc.description | Na prática clínica em psicologia, no que diz respeito à espiritualidade, há um encontro bastante expressivo: de um lado, tem-se a área científica, que serve como base para o estudo acadêmico do comportamento humano; e de outro lado, a espiritualidade humana, esta apresentada pelo sujeito em análise como algo que faz parte da sua constituição, que movimenta o paciente em prol da saúde mental e de qualidade de vida. O objetivo da pesquisa foi analisar as articulações entre concepção de espiritualidade e de ciência para o exercício profissional do psicólogo clínico, atentando-se as articulações frente ao código de ética da profissão, as relações entre espiritualidade e ciência no exercício profissional em psicologia clínica e a concepção de espiritualidade para o profissional psicólogo (a) clínico. A pesquisa caracteriza-se de natureza pura, com abordagem qualitativa, de caráter exploratório. O instrumento para coleta de dados foi um questionário com sete perguntas abertas, aplicado a seis profissionais psicólogos(as), atuantes na área clínica, por no mínimo dois anos. No resultado e discussão dos dados, organizada em quatro subseções, foi identificado primeiramente a espiritualidade na perspectiva dos psicólogos clínicos; em seguida observou-se como o tema espiritualidade é manifestado pelos pacientes em sessões; também foi observado a atuação do profissional frente ao Código de ética da profissão; e por fim, a relação entre espiritualidade e as respostas ao tratamento psicoterapêutico. Com esta pesquisa, pode-se concluir que cada psicólogo, independentemente de sua abordagem teórica, compreende a espiritualidade do sujeito como algo que o compõe e que irá ou não subsidiar ferramentas para a análise clínica. Quanto à postura ética frente ao tema, notou-se o quanto se torna imprescindível o respeito e a empatia dos profissionais. Sobre as respostas ao tratamento, a depender do caso clínico, a espiritualidade do sujeito estará sim vinculada ao seu desenvolvimento e melhora. Recomenda-se, ao identificar a existência de poucas pesquisas em língua portuguesa, que o tema seja foco de mais pesquisas científicas explorando a interface entre a psicologia clínica e a espiritualidade do paciente. | |
