Otro
O processo de civilização do jogo
Registro en:
SANTOS, Gisele Franco de Lima. O processo de civilização do jogo. 2012. 245 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, 2012.
santos_gfl_dr_mar.pdf
000690678
33004110040P5
Autor
Santos, Gisele Franco de Lima
Resumen
É muito comum que as pessoas, de uma forma geral, acreditem que o jogo da maneira que é concebido hoje seja fruto das relações produzidas em um curto espaço de tempo ou um privilégio das gerações mais recentes cujos conhecimentos científicos e tecnológicos são considerados, pela falta de conhecimento sobre o processo histórico ao qual pertencemos, como originais e inovadores. Outro aspecto sobre o jogo se refere a conotação que normalmente lhe é dada, no senso comum: o jogo é fútil e não sério; o jogo é coisa de criança. Após anos de experiência com o jogo, tanto na Educação Básica, quanto na formação inicial, nos deparamos com algumas questões que nos inquietavam: em que períodos da história, os jogos tradicionais que conhecemos já existiam? Qual era função do jogo em cada período? Quais mudanças ocorreram no jogo em si ou na forma de jogar? Por que estas mudanças aconteceram? Como a transformação do jogo refletiu o processo de civilização. Nesse sentido, objetivamos com este estudo, analisar a transformação do jogo, em grandes períodos de tempo, sob a ótica da teoria dos processos de civilização proposta por Norbert Elias (1897-1990). Nesta teoria, o processo social é dinâmico e está em constante movimento e mesmo em longo prazo, apresenta regularidades passíveis de observação. Para alcançar os objetivos propostos neste estudo levantamos os aspectos essenciais para o entendimento da teoria dos processos de civilização como cultura e civilização, estrutura e processo social, figuração e interdependência, o habitus e o processo de longa duração. Optamos por uma questão meramente didática, em analisar o processo de civilização em diferentes períodos históricos, dentre eles... It has become very common nowadays, in the educational environment, to hear “enthusiastic” speeches about the importance of games in the teaching process and their potential in motivating people‟s learning processes. However, in most cases, people‟s concern in talking about the relationship between games and education and the civilizing process, is to think of it as a pleasurable activity that contributes to the motivation of those who play, without having idea of the origins, why and what the game was used for during the civilizing history of mankind. Based on the postulates of Norbert Elias, in which the Theory of Civilizing Process is linked to a web of interdependence between individual and society, in a constant and mobile reciprocal relationship, we ask ourselves how games can reflect the civilizing process of some given societies. Therefore, we have analyzed the transformation of the game, over long periods of time, from the perspective of the theory of the civilizing process. Before being emphasized by scientific thought, games were embedded in everyday social life of both children and adults in various historical contexts. In ancient Egypt, as in ancient Greece and Rome, games were deemed sacred. By playing the individuals reinforced the unquestionable and immutable dogmas, through which the standards of conduct of those people were outlined. Games had a direct relationship with mythology and the spread of belief in gods. Particularly in ancient Egypt, games were an important tool so that people could take a trip in the afterlife according to the will of the gods. Games also spread in Roman society as were related to the idea of pleasure, fun and relaxation. It was precisely this factor which... (Complete abstract click electronic access below) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)