dc.description | O termo depressão está vinculado à psiquiatria e a melancolia à psicanálise. Se começa a pensar a depressão em psicanálise com o texto Luto e melancolia, de Freud (1915). Percorrendo um trajeto em que se questiona o “ceder diante do desejo” do depressivo, esta pesquisa tem como objetivo analisar como o sujeito se posiciona diante do desejo nos quadros de depressão e de melancolia. Para tal, os objetivos específicos foram: identificar aportes teóricos psicanalíticos para diferenciar a depressão da melancolia; identificar aportes teóricos psicanalíticos sobre o desejo nos quadros de depressão e melancolia; identificar as condições do trabalho do analista na clínica dos quadros depressivos. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica a partir da base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), em de abril de 2022. Diante disso, se identificou que apenas dois artigos mencionavam os termos depressão e desejo no título, dentre o total de dezenove artigos. Nesse sentido, a partir dessas referências selecionadas, identificou-se Antônio Quinet (1951) como o autor que melhor contemplou os objetivos da pesquisa. As fontes utilizadas, então, foram Extravios do desejo: depressão e melancolia e Psicose e laço social: Esquizofrenia, paranoia e melancolia, ambos livros do autor mencionado. A análise de dados foi trabalhada a partir de categorias, as quais se entrelaçaram aos objetivos. Sendo assim, foi possível analisar que há uma articulação entre os pares depressão-neurose e melancolia-psicose. Sobre o desejo diante desses quadros, a questão principal a ser endereçada à pesquisas posteriores diz respeito ao desejo na psicose, considerando que, segundo análise e tratamento de dados, esse sujeito “perde a perda”, ou seja, aquilo que faz advir o desejo. | |