dc.contributorDeluchi, Priscilla
dc.creatorZorzi, Jessica Nogueira de
dc.date2023-01-11T21:04:38Z
dc.date2023-01-11T21:04:38Z
dc.date2022-12-20
dc.date.accessioned2023-09-29T18:45:01Z
dc.date.available2023-09-29T18:45:01Z
dc.identifierhttps://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/31190
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9149102
dc.descriptionA Meningoencefalomielite é caracterizada por causar inflamação do parênquima encefálico, da medula espinhal e das meninges, podendo ser de origem conhecida ou desconhecida. As meningoencefalomielites inflamatórias de origem conhecida ocorrem devido a presença de organismos infecciosos (vírus, bactérias e fungos) ou parasitários (protozoários) (JERICÓ; NETO, et al., 2015; PENDERIS, 2014), já as meningoencefalomielites de origem desconhecida (meningoencephalomyelitis of unknown origin, MUO) são formadas por um grupo de doenças não infecciosas e de etiopatogenia ainda desconhecida, porém acredita-se estarem ligada a causas multifatoriais - como doenças autoimunes, genéticas ou fatores ambientais (COATES; JEFFERY, 2014; CORNELIS et al., 2019). Dentro do grupo de doenças que compõem a MUO as principais e mais diagnosticadas são a meningoencefalite granunomatosa, meningoencefalite necrosante, leucoencefalite necrosante, meningoencefalite eosinofílica e meningite-arterite responsiva a corticoide (COATES; JEFFERY, 2014; JERICÓ et al., 2015). Por não possuírem predileção por raça ou idade, podem ser observadas em maior número nos caninos fêmeas, jovens e de raças pequenas (LIMA et al., 2016), tendo como idade estimada para o início dos sinais neurológicos por volta dos quatro anos e meio de idade (BARBER et al., 2012). A MUO acomete diferentes partes do sistema nervoso central (SNC) e pode se manifestar de diferentes formas, sendo a forma aguda a mais comum, que evolui rapidamente podendo resultar em lesões focais, multifocais ou difusas, portanto, seus sinais clínicos podem variar conforme a área do SNC acometida e a extensão causada pela lesão (CAMASA, 2013). Os sinais clínicos mais comuns dessa doença são alteração do estado mental, ataxia, rigidez cervical, paresia, paralisia, nistagmo, convulsões, déficits proprioceptivos e de nervos cranianos, entre outros. A evolução dos sinais clínicos é variável, pois, depende da velocidade de propagação da doença e consequentemente, de seu diagnóstico e tratamento (NELSON & COUTO, 2001; COATES & JEFFERY, 2014). Para o diagnóstico é imprescindível uma boa anamnese e realização de exames laboratoriais como hemograma completo, bioquímicos e eletrólitos, além dos exames de imagem e análise do líquido cefalorraquidiano para descartar doenças de causas extracranianas como doenças infecciosas, genéticas, metabólicas, neoplásicas e intoxicação (ALMEIDA, 2015; CAMASA, 2013), que possuem sinais clínicos muito semelhantes aos da MUO. O diagnóstico das doenças que compõem a MUO só pode ser obtido através do exame histopatológico, seja com a realização de biópsia cerebral no ante-mortem ou com a necropsia no postmortem, sendo este segundo o mais observado na rotina clínica, já que o primeiro pode causar lesões irreversíveis se mal executado (GR COATES & JEFFERY, 2014). Mesmo que não existam tratamentos capazes de prevenir ou reverter os processos inflamatórios e degenerativos causados no SNC, o primeiro passo é estabilizar o paciente, de forma a controlar os sinais clínicos ocasionados pela doença e a partir disso dar início ao tratamento. A imunossupressão baseada no uso de altas doses de corticosteroides é o principal tratamento e geralmente apresenta melhores resultados quando associada a outros imunomoduladores e imunossupressores, pois, juntos favorecem de forma mais eficaz a remissão da doença por meio da inibição da inflamação e modulação da função dos linfócitos, minimizando, assim, os efeitos adversos (COATES & JEFFERY, 2014). Estudos recentes apresentam outros métodos como alternativas, principalmente quando houver refratariedade ou muitos efeitos colaterais da terapia imunossupressora. Nesse contexto, a terapia celular baseada nas células-tronco mesenquimais dispõe de um amplo potencial para o tratamento de doenças neuroimunes (PAUL; ANISIMOV, 2013) pois estimulam a angiogênese, neurogênese, sinaptogênese além de atuar evitando a apoptose de neurônios e células da glia (PAUL; ANISIMOV, 2013; CIERVO et al., 2017). O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso da principal doença inflamatória de origem desconhecida que afeta o SNC de cães, a meningoencefalomielite, abordando os seus aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos.
dc.format54 f.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagept
dc.rightsAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectMeningoencefalomielite
dc.titleRelatório de Estágio Curricular Supervisionado
dc.typeRelatório de estágio
dc.coveragePorto Alegre


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