Tubarão e o imaginário de 1974: marcas simbólicas de um rio, vestígios de mitologias hídricas, a mitologização de uma catástrofe e os traços que identificam uma comunidade imaginada
Tubarão and the imaginary of 1974: symbolic marks of a river, vestiges of water mythologies, the mythologization of a catastrophe and the traces that identify an imagined community;
Tubarão y el imaginario de 1974: marcas simbólicas de un río, vestigios de mitologías hídricas, la mitologización de una catástrofe y los rasgos que identifican a una comunidad imaginada
dc.contributor | Moraes, Heloisa Juncklaus Preis | |
dc.creator | Máximo, Willian Corrêa | |
dc.date | 2017-11-23T16:01:21Z | |
dc.date | 2020-11-26T21:24:32Z | |
dc.date | 2017-11-23T16:01:21Z | |
dc.date | 2020-11-26T21:24:32Z | |
dc.date | 2017 | |
dc.date.accessioned | 2023-09-29T18:37:17Z | |
dc.date.available | 2023-09-29T18:37:17Z | |
dc.identifier | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3296 | |
dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9148669 | |
dc.description | For a community in Southern Santa Catarina, Tubarão is not only a synonymous for fish (It means shark in English). The toponymal, for the town inhabitants is the European adaptation for Tub-Nharô, fierce chief, of brave face, who led a Guarani village near to the river that cuts the town from side to side: Tubarão. In the March 1974 second half, Tubarão raised and transformed the town in a sea of water and mud, and suddenly – from a guardian – it changed into a voracious monster, transfigured into a simple cyclical phenomenon in a symbolic plot. The aim is to identify peculiarities from that March 1974, in the transversal mythical universes and micro universes and symbolical images from the water daydream of the town inhabitants, as well as the resurgences and convergences that define a mythical local narrative (the myth founder of the great 74 flood), its approximation with other myths director universal and which substantiate, in each epic report, an imaginary and a community imagined. This research is based on a methodological heuristics of Gilbert Durand’s imaginary (hermeneutic myth or mythdologies), as well as on the Archetypical Test of Nine Elements (AT-9), by Yves Durand. Thereunto, in the year 2016, 21 approaches were carried out with subjects from 21 to 84 years old (face to face, individual and collective interactions, properly reported - and attentive to the generation collision by Durand: the first one from 21 to 50 years old, and the second generation contemplating respondents from 55 to 84 years old), applying protocols AT-9 and interviews of question and answer gender, or ping pong, based on semantic baits. From the hermeneutic myth convergence, two perspectives were consubstantiated: the first with identification of marks of mystic blackness, of sword collection, time balance and refuse to leave the family images; and the second one the configuration of a local founder myth and of an imaginary, permanently re-signified by universal mythic-ritual plots which purify by sin purge and regenerated the life. It is about Tub-Nharô resonance and perennial presence, sometimes town, now Indian and then river, but always symbol that join the community to dribble, at least for a moment (a mythical one), the anguish of death and time, in a paradox making that 1974 is more than a chronological or historical moment – an imaginary movement, timeless and therefore, unfinished. | |
dc.description | Para uma comunidade do sul de Santa Catarina, Tubarão não é apenas sinônimo de peixe. O topônimo, para os tubaronenses, é uma adaptação europeia de Tub-Nharô, cacique feroz, de semblante bravio, que liderava uma aldeia Guarani nas proximidades do rio que corta a cidade de ponta a ponta: o Tubarão. Na segunda quinzena de março de 1974, o Tubarão se elevara, transformava a cidade em um mar de água e de lama e, subitamente - de guardião - se metamorfosearia em um monstro voraz, transfigurando um mero fenômeno cíclico, em um enredo simbólico. O objetivo consiste em identificar as peculiaridades daquele março de 1974 na transversalidade dos universos e microuniversos míticos e nas imagens simbólicas do devaneio hídrico dos tubaronenses, bem como as ressurgências e convergências que definem uma narrativa mítica local (o mito fundador da grande enchente de 74), sua aproximação com outros mitos diretores universais e que consubstanciam, a cada relato épico, um imaginário e uma comunidade imaginada. Esta pesquisa pauta-se em uma heurística metodológica do imaginário de Gilbert Durand (mitohermenêuticas ou mitodologias), bem como no Teste Arquetípico dos Nove Elementos (AT-9), de Yves Durand. Assim, no ano de 2016, foram realizadas 21 abordagens, com sujeitos entre 21 e 84 anos (interações face a face, individuais e coletivas, devidamente registradas - e atentando para a divisão geracional durandiana: a primeira geração, entre 21 e 50 anos e, a segunda, contemplando respondentes de 55 a 84 anos), com aplicação de protocolos AT-9 e entrevistas do gênero perguntas e respostas ou pingue pongue, com base em iscas semânticas. A partir da convergência mitohermenêutica, consubstanciaram-se duas perspectivas: a primeira, com a identificação de marcas do negrume místico, da recolha do gládio, da harmonização do tempo e da recusa em sair das imagens familiares; e a segunda, a configuração de um mito fundador local e de um imaginário, ressignificado, permanentemente, por enredos mítico-rituais universais que purificariam pelo expurgo dos pecados e regeneram a vida. Trata-se da ressonância e presença perene de um Tub-Nharô, ora cidade, ora índio, ora rio, mas sempre símbolo, que une uma comunidade, para driblar, ao menos por um instante (que é mítico), a angústia da morte e do tempo, fazendo com que, paradoxalmente, 1974 seja - mais do que um momento cronológico ou histórico - um movimento imaginário, atemporal e, portanto, inacabado. | |
dc.format | 295 | |
dc.format | application/pdf | |
dc.language | pt_BR | |
dc.relation | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem | |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | |
dc.rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | |
dc.subject | Inundações | |
dc.subject | Imaginário | |
dc.subject | Água | |
dc.subject | Mitodologia | |
dc.subject | Tubarão (SC) | |
dc.title | Tubarão e o imaginário de 1974: marcas simbólicas de um rio, vestígios de mitologias hídricas, a mitologização de uma catástrofe e os traços que identificam uma comunidade imaginada | |
dc.title | Tubarão and the imaginary of 1974: symbolic marks of a river, vestiges of water mythologies, the mythologization of a catastrophe and the traces that identify an imagined community | |
dc.title | Tubarão y el imaginario de 1974: marcas simbólicas de un río, vestigios de mitologías hídricas, la mitologización de una catástrofe y los rasgos que identifican a una comunidad imaginada | |
dc.type | Tese | |
dc.coverage | Tubarão |