dc.description | Resumo
Introdução: A lesão traumática de nervos periféricos é vista como um problema
mundial na prática clínica que pode gerar uma deficiência significativa na população
acometida. Na literatura existem evidências clínicas e pré-clínicas dos benefícios
analgésicos e regenerativos do exercício físico no tratamento da lesão nervosa
periférica (LNP) após lesão do nervo periférico.
Objetivo: Investigar se o exercício físico promove regeneração nervosa, em
modelos animais de lesões de nervos periféricos. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática conduzida de acordo com os Itens
de Relatórios Preferidos para Revisões Sistemáticas e Meta-análise (PRISMA) e
aprovada pela plataforma International Prospective Register Of Systematic
Reviews (PROSPERO, CRD42021231065). A busca dos artigos foi realizada na
base de dados Medline (PubMed), utilizado a estratégia PICOS para estabelecer
os critérios de elegibilidade dos artigos que avaliem os efeitos regenerativos do
exercício físico em modelos animais de lesão do nervo periférico. O risco de viés
dos artigos foi mensurado pela ferramenta SYRCLE e a análise foi qualitativa.Resultados: Foram identificados um total de 91 artigos na base de dados PubMed.
Após a triagem, a partir do título e resumos, 46 artigos foram avaliados para
elegibilidade e 17 foram excluídos por não atenderem os critérios determinados
nessa revisão. Um total de 29 artigos foram elegíveis para leitura do texto completo
e 14 foram excluídos. O que resultou na inclusão de 15 artigos completos. Os dadosmostram que dos dez estudos que testaram a função motora, seis foram a favor do
exercício físico. Somando-se a isso, dos seis estudos que avaliaram a função
sensorial, cinco estudos também destacaram vantagens ao grupo exercício físico.
E por fim, a função sensório-motora foi descrita em apenas dois estudos, mas
verificou-se melhora no grupo exercitado logo após a lesão em um dos estudos.
Conclusão: Esta revisão sistemática sumarizou os achados pré-clínicos e explorou
os seus resultados, possibilitando melhorar translação e desenho de ensaios
clínicos em humanos, abrir espaço para a geração de novas hipóteses e ainda,
abordar os pontos fracos e melhorar a qualidade dos estudos futuros com animais. | |