dc.description | A obesidade é uma doença pandêmica de causa multifatorial, sendo o aumento da sua prevalência uma preocupação mundial de saúde. O desequilíbrio na microbiota intestinal tem sido associado ao desenvolvimento dessa patologia, dada a interação sinérgica com seu hospedeiro e sua função na homeostase energética. A modulação intestinal com o uso de prebióticos parece promissor. Assim, o objetivo desta revisão é entender como as variações na microbiota intestinal influenciam no metabolismo humano e discutir os benefícios deles na obesidade. Foi realizada uma pesquisa em livros e artigos publicados entre 2017 e 2022. Estudos sugerem uma variação na composição bacteriana intestinal entre indivíduos magros e obesos, correlacionada, primordialmente, a dieta rica em gordura e açúcar, na qual resulta em inflamação de baixo grau e distúrbios metabólicos associados à obesidade. Entretanto, nenhum perfil específico e reprodutível dela foi identificado devido à grande heterogeneidade interindividuais. Por fim, o uso de prebióticos como substratos para bactérias específicas têm sido considerado um importante modulador da microbiota intestinal e dos indicadores de saúde em pacientes obesos, embora sejam necessários mais estudos no público-alvo para apoiar a eficácia já neles constatada. Vale ressaltar que as evidências científicas mais consolidadas quanto a esses efeitos são referentes a inulina, fruto-oligossacarídeos (FOS) e galacto-oligossacarídeos (GOS). | |