dc.description | A espirocercose é uma doença causada pelo nematódeo Spirocerca Lupi,
que é transmitida pelo contato de cães com besouros coprofágicos e animais
paratênicos, como aves, lagartos e roedores. Este relato de caso descreve um
animal com S. Lupi no Distrito Federal que apresentou sinais clínicos de perda de
peso, vômito e tosse. Os sinais clínicos são decorrentes da formação de nódulos
cavitários no esôfago, onde a larva adulta se reproduz, obstruindo o lúmen do
esôfago causando desconforto no animal, gerando perda de peso, vômito e tosse.
Foram realizados exame de raio-x torácico e tomografia computadorizada, que
constataram presença nodular próxima à transição esofagogástrica. Foi realizado
exame coproparasitológico direto, que não constatou a presença de S. Lupi.
Porém, observou-se que essa técnica apresenta baixa sensibilidade para a
detecção de ovos de S. Lupi. Pelos achados de imagem supôs-se que o
diagnóstico fosse a espirocercose e estipulou o tratamento com doramectina 0,4
mg/kg IM, 1x por semana, por 12 semanas, em associação de imidacloprida com
moxidectina (Advocate®), de formulação tópica, mostrou-se efetivo, com a
redução dos sinais clínicos e o retorno do peso ideal. Conclui-se que o tratamento
estipulado apresentou resultados satisfatórios e que o exame coproparasitológico,
considerado isoladamente, não é suficiente para a detecção da doença.
Recomenda-se, portanto, a realização de exames coproparasitológicos que se
utilizam do método de Faust ou Willis-Molay. | |