dc.description | O presente trabalho busca analisar a política externa brasileira durante o governo de Ernesto Geisel (1974 – 1979), e como o relacionamento Brasil-Estados Unidos destinou a política externa brasileira durante o regime. O presente artigo busca apontar os maiores momentos de distensão entre os dois países, que teve como foco principal as questões de violações dos direitos humanos por parte do Brasil durante o período de regime, dessa forma, o artigo também busca explicar como essa pauta ganhou força no sistema internacional, e como esse contexto guiou a PEB e a política externa americana. Também, o artigo busca contextualizar o comportamento dos países através da teoria neoclássica, e da conceitualização dos termos de soberania, hegemonia, autonomia, poder e segurança. O artigo também mostra como a diplomacia do regime militar brasileiro usou de diversos mecanismos para justificar as acusações presentes no dossiê de violações aos direitos humanos entregue na Comissão de Direitos Humanos em 1974, que condenava diversos crimes cometidos durante os “anos de chumbo” (1968 – 1972) no Brasil. Por fim, o artigo demonstra como processo de abertura do regime militar ocorreu e como a transição para a democracia mostrou-se como resultado da gestão de Geisel, que teria sido o principal presidente da ditadura a sugerir uma abertura “lenta, gradual e segura” para a democracia, apontando uma transformação política e social no Brasil ao fim do regime. | |