dc.description | A Leucemia Mielóide Crônica(LMC) é um câncer do tecido hematopoiético, no qual células imaturas permanecem com capacidade de diferenciação. A translocação cromossômica característica da LMC, cromossomo Filadélfia(Ph), está presente em 95% dos indivíduos portadores. Essa mutação produz uma proteína quimérica, a p210. A atividade dessa proteína está relacionada a uma hipercelularidade na medula óssea. Os tratamento comumente empregados na LMC baseiam-se na administração de quimioterápicos leucorredutores, com resposta citogenética modesta. A drogaSTI571 – Glivec, atua como inibidor clonal com resposta citogenética completa, negativando o cromossomo Ph. Apesar dos resultados positivos frente ao STI571, constatou-se uma evolução para resistência a essa medicação em alguns pacientes. O mecanismo mais comum do desenvolvimento de resistência ao Glivec é a reativação da proteína tirosina cinase, independente da presença do glivec, por amplificação gênica ou por mutação pontual. Após diagnóstico clínico e laboratorial, foram selecionados 48 pacientes portadors de LMC, os quais apresentavam o cromossomos Ph em células da medula óssea. Todos pacientes selecionados estavam em uso do Glivec. Os pacientes foram submetidos à avaliação citogenética, através da colheita de 10 ml de aspirado medular, mediante punção do osso esterno ou crista alíaca posterior. A técnica de cultura temporária de células da medula óssea foi realizada conforme a técnica modificada de MOOHEAD et al., (1960). A técnica de cultura temporária de diferentes; uma direta e, uma de 24 horas. A idade dos pacientes quando diagnosticados concentrou-se na faixa etária entre as décadas de quarenta e cinquenta anos de vida. A distribuição em relação ao sexo não apresentou diferença significativa. A contagem total de leucócitos no sangue periférico apresentou índices bem distintos quando comparados os pacientes antes e após o tratamento com Glivec, como também ocorreu com a contagem de plaquetas. O presente estudoconstatou a eficácia da medicação através de análise citogenéticas realizadas pós-tratamento. A partir de seis meses de uso, 90% dos pacientes responderam a esse tratamento. Resposta maior foi verificada em 63,4%desses pacientes. A realização da análise citogenética após 28 meses de tratamento demonstra que 62,5% dos pacientes mantiveram resposta citogenética maior. Apesar dos resultados positivos frente ao STI571, constatou-se uma evolução para resistência a essa medicação em alguns pacientes. Outras drogas estão sendo testadas para serem utilizadas por aqueles pacientes que desenvolvem resistência ao Glivec. É o caso do Tasigna (nilotinib), uma nova droga que em cinco meses de uso demonstrou uma resposta hematológica completa em 92% dos pacientes com LMC na fase crônica. | |