dc.description | A Literatura Infanto-juvenil, por ter sido originada na Europa, trazia consigo textos que não faziam parte da realidade brasileira, e sim formas de manipulação e controle sobre os filhos e alunos. Somente a partir do século XX, Monteiro Lobato dá início a uma nova concepção de Literatura Infanto-juvenil, onde a criança é vista como criança; seus medos, alegrias, fantasias, ansiedade e o seu cotidiano é valorizado e compreendido, o que faz com que suas obras sejam apreciadas por crianças e adultos. Hoje percebemos que o professor precisa dedicar-se mais no ato de contar histórias, pois é possível perceber que a criança não tem o hábito de ler e manusear livros, sendo necessário usar da criatividade a fim de estar buscando meios para resgatar esse hábito que é tão valioso e prazeroso. Percebemos que a utilização de recursos diversos, tais como: expressão corporal, entonação de voz, fantoche, dedoches, avental e outros são fundamentais para o resgate e o gosto em ler e ouvir histórias de Literatura Infanto-juvenil. Ao trazer a literatura para a sala de aula é necessário que o professor estabeleça uma relação dialógica entre o aluno, o livro, sua cultura e a realidade na qual está inserida. Além de contar história, é preciso criar condições para que a criança trabalhe a história a partir de seu ponto de vista. Para a realização da nossa pesquisa teórica e prática, que foram desenvolvidas em quatro escolas distintas, localizadas nas seguintes Regiões Administrativas: Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Planaltina e Santa Maria, com alunos na faixa etária entre quatro e quinze anos, o que nos deu uma visão do interesse de cada um diante das atividades propostas. Com a escolha de seis histórias que foram contadas com recursos diferentes, observamos que quando há recursos atrativos a criança interage e concentra-se no que está sendo transmitido, o que é prazeroso e estimula o gosto em estar lendo e manuseando livros de Literatura Infanto-juvenil. Percebemos que as crianças que têm maior faixa etária têm dificuldades de concentração e interesse. Sendo assim é necessário que pais e educadores estejam revendo suas posturas diante da relevância desse hábito que está sendo perdido e esquecido, devido às inovações tecnológicas que, no ponto de vista da maioria, é mais cômodo e divertido. | |