dc.description | O Cerrado brasileiro está entre as principais regiões que abriga a maior
biodiversidade mundial. Entre as espécies habitantes dessa região, se encontra a corujaburaqueira.
Ave de rapina, com hábitos diurnos e crepusculares, de sobrancelhas
brancas, olhos amarelos, bicos aduncos e pernas longas. A dieta da buraqueira é
composta por 93,5% de insetos, destacando os cupins e grilos e apenas 6,5% de
vertebrados, sendo os roedores mais encontrados. A disponibilidade de alimento é um
fator decisivo para o sucesso reprodutivo dessas corujas. As presas capturadas são
mortas e quase sempre engolidas inteiras e as partes que não são digeríveis são
eliminadas na forma de pelotas. Apresenta distribuição cosmopolita, dotada de
excelente atividade predatória, são muito adaptadas as áreas que sofreram algumas
modificações antrópicas, como por exemplo, desmatamento para agricultura e pecuária.
Costuma empoleirar-se nos mourões de cerca, em cupinzeiros, nos fios de arames, em
buracos cavados no solo e nas beiras de estradas. Ainda não apresenta o status de
espécie ameaçada de extinção, mas por ter uma certa antropofilia, sofre ação humana,
pela caça e por superstições infundadas, que muitas vezes contribuem para diminuir o
número de espécimes existentes. A escassez de informações básicas sobre a ecologia,
biologia e comportamento da maioria das corujas brasileiras é um dos principais
problemas a ser enfrentado para qualquer tentativa mais séria para a conservação destas
aves. | |