dc.description | A leucemia mielóide crônica faz parte de um grupo de doenças, denominadas,
síndromes mieloproliferativas crônicas, sendo a LMC a representante mais
importante. A LMC foi a primeira doença onde uma anormalidade cromossômica que
é a translocação 9,22 ou cromossomo Filadélfia, foi descrito a mais de duas décadas
atrás. Foi uma das primeiras doenças onde o reconhecimento de um gene híbrido que
é o rearranjo BCR-ABL leva a uma proliferação celular com aparecimento da LMC.
Desde a sua descrição, muito pouco se podia fazer para melhorar as condições de
vida dos pacientes e garantir uma maior sobrevida desses pacientes. Recentemente
vários avanços têm sido feitos, tanto em nível de citogenética e molecular para um
diagnóstico assertivo como para o tratamento. Além disso as recentes pesquisas em
busca de drogas capazes de redimir a doença, como a hidroxiuréia, interferon e
tratamentos curativos como o transplante de medula óssea, ou de sangue do cordão
umbilical e a nova terapia inteligente que atua sobre o rearranjo BCR-ABL, inibindo
o cromossomo Filadélfia e conseqüentemente, inibindo a doença, vem trazendo
grandes expectativas de cura ou ao menos de uma maior e melhor sobrevida dos
pacientes. | |