dc.description | A partir do final do séc. XX a International Federation of Library Associations and Institutions promoveu estudos e debates relacionados à aplicabilidade das novas tecnologias de informação e comunicação incorporadas pela área. Dentre os estudos que culminaram em diretrizes para processos, produtos e instrumentos documentários destaca-se o modelo conceitual Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR). O número de chamada exerce papel relevante nas bibliotecas, visto que a ordenação de documentos se configura como proposta de leitura da coleção, estabelece, para fins de acesso, o elo entre o registro do documento na base de dados e o local que o documento ocupa na coleção, e ainda contribui para a gestão no tocante aos usos do espaço. O presente artigo tem por objetivo analisar a construção do número do livro associando-o aos atributos das entidades do grupo 1 do modelo conceitual FRBR. Para a fundamentação teórica discute os trabalhos de Barden (1937), Lenhus (1978), Satija (1990), Ortega, Silva e Santos (2016), Cutter (1908, 1962), Moreno e Márdero Arellano (2005), Moreno (2006), Silveira (2007) e FRBR (1998, 2008). Como metodologia realiza pesquisa de cunho exploratório com finalidade explicitar como a disposição espacial da coleção a partir do número de chamada apresenta aos usuários uma aproximação da estrutura preconizada pelo FRBR. Conclui apontando a atualidade do número de chamada, não apenas enquanto modelo operacionalizável para a ordenação de documentos, mas como construção elaborada a partir de princípios genéricos que permitem alto grau de correlação com entidades e atributos do modelo conceitual FRBR. | |