dc.creatorRaphael Rodrigues Lyra
dc.date2022-08-18T13:10:49Z
dc.date2022-08-18T13:10:49Z
dc.date.accessioned2023-09-28T20:08:37Z
dc.date.available2023-09-28T20:08:37Z
dc.identifierhttp://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/52106
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9045499
dc.descriptionAs florestas tropicais são conhecidas mundialmente por sua extensão e por sua alta biodiversidade. Por conta disso, essas florestas realizam diversos serviços ecossistêmicos em escala global, como a regulação climática, hidrológica e o sequestro de carbono, armazenando até 40 do estoque de carbono mundial. No Brasil, as florestas tropicais estão representadas pela Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Apesar de toda essa importância, as florestas tropicais ao redor do mundo sofrem cada vez mais com o desmatamento e degradação desses ecossistemas por causa de diferentes tipos de atividades humanas, como a expansão de áreas urbanas, conversão de áreas naturais para sistemas agrícolas, extração de madeira ilegal, corte seletivo e queimadas. Esses distúrbios causam alterações na paisagem e perda de qualidade nesses ecossistemas. A degradação e perda de qualidade desses ambientes podem levar a diversas alterações microclimáticas, podendo afetar negativamente a comunidade de invertebrados edáficos. Entre os estudos que buscam entender como essas alterações afetam a fauna edáfica, muitos utilizam os besouros escarabeíneos e ácaros foréticos como uma ferramenta para avaliar esses possíveis efeitos. O objetivo desse estudo é testar como a degradação de origem antrópica pode afetar a estrutura da comunidade e a relação de ácaros foréticos associados aos besouros escarabeíneos. Para isso, essa monografia foi estruturada em dois artigos. No primeiro, foi avaliado o efeito das queimadas ilegais na estrutura da comunidade de ácaros foréticos associados aos besouros escarabeíneos na Floresta Nacional de Tapajós, Belterra ???? PA. Os besouros escarabeíneos e os ácaros associados a eles foram coletados em três áreas amostrais distribuídas nos dois sistemas florestais amostrados, floresta conservada e floresta queimada, utilizando armadilhas de queda iscadas com uma mistura de fezes humanas e suínas (41). Posteriormente, os besouros amostrados foram levados ao laboratório para a retirada dos ácaros associados a eles. Um total de 20625 ácaros foréticos foram retirados de 779 besouros escarabeíneos, sendo esses ácaros pertencentes a 61 espécies. Foi encontrado uma diferença significativa para a abundância (p0,009 Chi² 6,794) e riqueza de espécies (p 0,02 Chi² 5,077) entre os sistemas florestais amostrados, onde a floresta conservada apresentou quase o dobro do número de indivíduos e espécies de ácaros foréticos associados aos besouros escarabeíneos quando comparada a floresta queimada. Além disso, houve uma diferença significativa na composição de espécies entre os sistemas (F 2.86 p 0.02). No segundo artigo, foi avaliado se a degradação da Restinga brasileira afeta a abundância de ácaros associados ao besouro escarabeíneo Dichotomius schiffleri. A coleta dos besouros D. schiffleri foi realizada em 9 localidades, nos estados de Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Pernambuco em dois sistemas florestais amostrados, restinga conservada e restinga degradada. Foi encontrado uma diferença significativa na abundância entre os dois sistemas amostrados (z2.126, p0.01), onde ocorreu 673 ácaros nas restingas conservadas e 325 ácaros foréticos nas restingas degradadas. Nossos estudos mostraram que a degradação antrópica nas florestas tropicais pode alterar negativamente a estrutura das comunidades de ácaros foréticos. Estudos como esses são importantes para buscar melhores manobras de proteção desse grupo.
dc.titleEFEITO DA DEGRADAÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS NOS ÁCAROS FORÉTICOS ASSOCIADOS A BESOUROS ESCARABEÍNEOS


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