dc.description | A cana-de-açúcar ocupa posição de destaque na balança comercial do Brasil, pois o país possui a maior área plantada e a maior produtividade mundial dessa cultura. Além disso, a cana é a matéria-prima para a produção de açúcar e etanol, tornando-a uma das principais commodities do agronegócio brasileiro. Para antingir altas produtividades, é necessário que sejam empregados manejos específicos, desde sua instalação no campo até a colheita, principalmente um balanço nutricional adequado. Dentro os nutrientes, o fósforo é um dos mais exigidos pelas plantas. A cana-de-açúcar possui alta demanda por esse nutriente, pois ele está relacionado com a composição de moléculas que atuam no processo da fotossíntese, na formação de proteínas, na divisão celular e no metabolismo energético, sendo então, fundamental para o crescimento das raízes e formação de sacarose, principal molécula para a produção de etanol e açúcar. A forma mais comum de aplicação desse nutriente é por meio de adubação com fosfatos. Esses fosfatos são extraídos de rochas fosfatadas, mas é um recurso de alto custo, pois necessita ser importado, uma vez que os solos do Brasil possuem deficiência do mesmo. Nesse sentido, torna-se necessário buscar alternativas viáveis para aumentar a disponibilidade de fósforo no solo. Dessa forma, o uso de bactérias que são capazes de solubilizar o fosfato podem auxiliar nesse incremento, de forma econômica e sustentável. Objetivou-se com esse estudo avaliar a eficiência de bactérias solubilizadoras de fosfato inoculadas junto com uma fonte de fosfato de rocha (Biovar), em duas cultivares de cana-de-açúcar (SP80-1842 e RB867515). O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Laboratório de Biologia, Microbiologia e Processos Biológicos do Solo, do Departamento de Ciência do Solo (DCS-UFLA) por um período de 90 dias. Foram utilizadas 3 estirpes de bactérias solubilizadoras de fosfato (UFLA 03-10 Paenebacillus kribbensis UFLA 04-21 Burkholderia sp UFPI B5-6 Enterobacter sp), todas com a fonte de fosfato de rocha Biovar, controle positivo (com adubação fosfatada mineral ?? Super Triplo), controle absoluto (sem nenhuma fonte de fósforo, apenas o fósforo do solo, denominado Legacy ?? L) e controle com somente Biovar. Ao total, foram utilizados 64 vasos de 10 kg cada, e a inoculação foi feita com 6 mL vaso -1 nas extremidades de cada tolete, visando a concentração de bactérias próximo ao local de surgimento das raízes. Foram analisados a massa fresca de raiz (MFR) e de parte aérea (MFPA), massa seca de raiz (MSR) e de parte aérea (MSPA), índice SPAD, altura, porcentagem de brotação e fósforo. Os dados foram submetidos à análise de variância e a comparação entre as médias dos tratamentos pelo teste de Scott-Knott a 5 de probabilidade. A massa fresca de raiz foi maior nas duas variedades (SP80-1842 e RB867515) com os tratamentos com as estirpes UFLA 03-10 e UFPI B5-6. Já o teor de fósforo na parte aérea da planta foi maior na cultivar RB867515, quando inoculado com as estirpes UFPI B5-6 e a UFLA 04-21. | |