| dc.description | René Descartes com suas Meditações propõe refundar o saber já estabelecido ao longo do medievo e, com isso iniciar uma nova ciência, um novo sistema de conhecimento que possa ser sustentação para todas as demais. Em busca dessa ciência de base verdadeira e indubitável a dúvida é levada ao limite e ganha contornos marcantes. É da dúvida que ocorre a certeza. A Primeira Meditação destina-se a destruir todo o sistema existente adquirido através da experiência sensível. A Segunda Meditação destaca o raciocínio convencionado a ser chamado ????cogito cartesiano???? que aprece sob a forma ???? eu sou, eu existo, para concluir de imediato que quem duvida e é por acaso enganado, necessariamente existe. A Terceira Meditação de início afirma que tudo o que é percebido tão clara e distintamente quanto a própria existência, é verdadeiro. Através de uma argumentação complexa e intrincada parte do cogito e se chega a duas provas da existência de Deus ???? primeira, ideia de Deus possuída pela coisa pensante segunda, pela própria existência da coisa pensante. O lugar de discussão sobre em que consiste a razão do erro ou falsidade face à conclusão da existência de um Deus criador soberano e perfeito é a Quarta Meditação. Que o erro está presente na maneira de ser do homem é certo, qual seria sua causa? Não se trata aqui do erro cometido na busca do bem e do mal, mas do que está na busca do verdadeiro e do falso. A possibilidade do erro é uma questão metafísica inserida pelo filósofo à problemática de como é possível ????Se Deus é bom, por que eu erro?????. Nossa proposta nesse trabalho é caminhar nas Meditações cartesianas até o ponto onde se busca demonstrar a conciliação da substância divina, perfeita, e da substância criada, que falha. | |
