dc.description | Fruto de um saber fragmentado, a humanidade só pode assistir perplexa aos problemas complexos e intrincados, que o pensamento simples é incapaz de conceber. Frente nossa impotência para com as possibilidades iminentes, até mesmo de extinçãoda espécie humana, naturalmente se espera que busquemos ações diferentes, novos olhares, novos paradigmas para ir além das limitações que o paradigma conservador deixou como legado. Para tanto, resgatar uma já esquecida reflexão de unidade como todo o Cosmos, compreendendo cada vez mais os ciclos da natureza e seu delicado equilíbrio, em contraste com o nosso atual modo de vida predatóri torna-se fundamental. Dentre as atuais propostas do ensino de ciências integradoras, que tratam da formação de professores buscando a interdisciplinaridade como ferramenta contra a fragmentação do ensino, aliado a uma desejada mudança no paradigma de visão de mundo de professores e alunos, encontra-se a educação em astronomia. Hoje, talvez sua vertente mais excitante seja a astrobiologia. Esta investiga principalmente a origem da vida, sua evolução e distribuição no Universo, sendo considerada por muitos pesquisadores também como muito adequada para o ensino de ciências integrador. No entanto, tal abordagem inserida no contexto do paradigma inovador, implica numa elevada competência científica e didática dos professores, mas a própria escola nos ensinou a separar, compartimentar, isolar e a não ligar os conhecimentos. Frente a esta situação controversa, fica a questão: uma proposta científica de fronteira, baseada nos avanços importantes das ciências da vida e do Universo, dotada de princípios de natureza interdisciplinar, ainda muito distante do cotidiano escolar, pode ser inserida num ensino de ciências marcado por situações ainda tão deficientes em nosso país? Com relação aos pontos levantados anteriormente, este trabalho teve por objetivo: Investigar a relação dos... | |