dc.contributorCONRADO, Mônica Prates
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6141735247260273
dc.creatorFIGUEIREDO, Evillys Martins de
dc.date2022-09-09T12:28:28Z
dc.date2022-09-09T12:28:28Z
dc.date2021-04-30
dc.date.accessioned2023-09-28T15:36:25Z
dc.date.available2023-09-28T15:36:25Z
dc.identifierFIGUEIREDO, Evillys Martins de. Trajetórias docentes e formação continuada em relações etnicorraciais na Amazônia Paraense. Orientadora: Mônica Prates Conrado. 2021. 160 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. .Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14711. Acesso em:.
dc.identifierhttp://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14711
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9017687
dc.descriptionThe brazilian educational scope, in the 2000s, was marked by the advancement of public poli-cies for the afro-brazilian population. Among it, there is the law 10.639/03 that made the teach-ing of african and afro-brazilian History and culture compulsory during school education. From that, official documents from the National Education Council (CNE) emphasized the need for continuing teacher education as one of the main means to enforce what the law demands. In this perspective, the methodology of the present research was social trajectory based on biog-raphy (BOURDIEU, 2006; COSTA, 2015; LEVI, 2006; SCHWARCZ, 2013) in conjunction with the non-directive interview technique (MICHELAT, 1987), aiming to understand how teachers of school education, who attended a postgraduate course in ethnic-racial relations, were affected by such continued training and how they perceive it as part of their experiences pro-cessed in to social trajectories in the Amazon, state of Pará. This research had three interlocutors identified by the codenames Ayòbámi Adébáyò, Onyebuchi Emecheta and Édouard Glissant, who are postgraduate in “Especialização UNIAFRO: Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola; III Curso de Especialização Saberes Africanos e Afro-brasileiros na Amazônia; Im-plementação da Lei 10.639/03”, promoted by Afro-Amazonian Studies Group (GEAM/UFPA) and financed by the Brazilian Ministry of Education. To comprehend the trajectories of these teachers, I analyze their biographical reports supported on concepts of race, racism, gender, morenity and place prejudice because the reports of their experiences, during and after post-graduation, were around the conflict in learning about particularities of ethnic-racial relations, especially in the Amazon, a place marked by an exogenous and homogenizing knowledge pro-duction that has fixed it on image like “forest” and “demographic void”, making its populations invisible, especially black men and women, in the face of the national axis. Thereby, it was possible to understand that during the continuing education, with the themes and debates, the interlocutors managed to accumulate new knowledge that they could take to their classrooms; during and after the postgraduate course, they realize that the subjects at school still see racism as isolated individual behavior, an idea in which they seek to intervene in order to appropriate the knowledge of postgraduate to rethink together the structures of oppression presents in eve-ryday life and school. This learning about ethnic-racial relationships also affected their personal lives, changing or maintaining their understanding of their social trajectories in the context of the recognition of the oppressions and resistances they experienced. Also, it was possible to understand that the knowledge transposition to the classroom was a laborious process, but ac-cording to the teachers, they achieved some success in attracting the attention of their students during discussions and activities around the ethnic-racial relations theme, something that, even on a small scale, influenced the students’ mentality.
dc.descriptionCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
dc.descriptionO âmbito educacional brasileiro, nos anos 2000, foi marcado pelo avanço de políticas públicas para a população afro-brasileira. Dentre elas, está a lei 10.639/03 que tornou obrigatório o en-sino de história e cultura africana e afro-brasileira no ensino básico; a partir dela, documentos oficiais do Conselho Nacional de Educação (CNE) ressaltaram a necessidade da formação con-tinuada de professores como um dos principais meios de se efetivar o que demanda a referida lei. Nessa perspectiva, o presente trabalho utilizou a metodologia de trajetórias sociais baseadas em biografias (BOURDIEU, 2006; COSTA, 2015; LEVI, 2006; SCHWARCZ, 2013) junto à técnica de entrevista não diretiva (MICHELAT, 1987) com o objetivo de compreender como docentes da educação básica, que cursaram uma especialização em relações etnicorraciais, fo-ram afetados por tal formação continuada e como a percebem enquanto parte de suas vivências objetivadas em trajetórias sociais na Amazônia paraense. A pesquisa contou com três interlo-cutores identificados pelos codinomes Ayòbámi Adébáyò, Onyebuchi Emecheta e Édouard Glissant, os quais são egressos da “Especialização UNIAFRO: Política de Promoção da Igual-dade Racial na Escola; III Curso de Especialização Saberes Africanos e Afro-brasileiros na Amazônia; Implementação da Lei 10.639/03”, promovido pelo Grupo de Estudos Afroamazô-nico (GEAM/UFPA) sob financiamento do Ministério da Educação. Para compreender as tra-jetórias desses docentes, analiso seus relatos biográficos a partir dos conceitos de raça, racismo, gênero, morenidade e preconceito contra a origem geográfica e de lugar, pois os relatos de suas vivências, durante e depois da especialização, foram em torno do conflito no aprendizado sobre as particularidades das relações etnicorraciais, em especial na região amazônica, visto que é um lugar marcado por uma produção de conhecimento exógena e homogeneizadora que a fixou na imagem de “floresta” e “vazio demográfico”, invisibilizando suas populações, sobretudo negros e negras, diante do eixo nacional. Assim, foi possível entender que durante a formação conti-nuada, com as disciplinas e debates, os docentes interlocutores conseguiram acumular novos conhecimentos que pudessem levar para suas salas de aula; durante e após o curso, percebem que os sujeitos na escola ainda enxergam o racismo como comportamento individual isolado, ideia na qual buscaram intervir no sentido de se apropriar do conhecimento da especialização para repensar em conjunto as estruturas de opressão presentes no cotidiano e na escola. Esse aprendizado sobre relações etnicorraciais também afetou suas vidas pessoais, mudando ou man-tendo seus entendimentos sobre suas trajetórias sociais no âmbito do reconhecimento das opres-sões e resistências que vivenciaram. Também foi possível compreender que a transposição dos conhecimentos desses docentes interlocutores para a sala de aula foi um processo trabalhoso, mas no qual, segundo eles, conseguiram certo êxito em chamar a atenção dos seus estudantes durante as discussões e atividades em torno da temática relações etnicorraciais, algo que, mesmo em pequena escala, teve efeito na mentalidade dos alunos.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Pará
dc.publisherBrasil
dc.publisherInstituto de Filosofia e Ciências Humanas
dc.publisherUFPA
dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.source1 CD-ROM
dc.subjectFormação continuada de professores
dc.subjectRelações etnicorraciais
dc.subjectTrajetória social
dc.subjectAmazônia
dc.subjectContinuing teacher education
dc.subjectEthnic-racial relations
dc.subjectSocial trajectory
dc.subjectAmazon
dc.subjectCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
dc.subjectCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
dc.subjectGÊNERO, GERAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
dc.subjectANTROPOLOGIA
dc.titleTrajetórias docentes e formação continuada em relações etnicorracias na Amazônia paraense
dc.typeDissertação


Este ítem pertenece a la siguiente institución