O Remexer dos lugares: espaços na obra Grande Sertão: Veredas
Remexer of places: spaces in the Grande Sertão: Veredas
| dc.contributor | Assis, Angelo Adriano Faria de | |
| dc.contributor | http://lattes.cnpq.br/3495064950527746 | |
| dc.creator | Magalhães, Clovis França | |
| dc.date | 2019-10-10T14:03:30Z | |
| dc.date | 2019-10-10T14:03:30Z | |
| dc.date | 2019-03-28 | |
| dc.date.accessioned | 2023-09-27T22:09:44Z | |
| dc.date.available | 2023-09-27T22:09:44Z | |
| dc.identifier | MAGALHÃES, Clovis França. O Remexer dos lugares: espaços na obra Grande Sertão: Veredas. 2019. 109 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019. | |
| dc.identifier | https://locus.ufv.br//handle/123456789/27268 | |
| dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8971526 | |
| dc.description | Este trabalho pretende estabelecer relações entre história, geografia e as teorias do espaço literário na obra Grande Sertão: Veredas (1956) de João Guimarães Rosa. Para se lançar uma visão holística sobre a composição rosiana, o espaço é abordado a partir de quatro categorias literárias: i) representação do espaço para tratar dos aspectos físicos e de organizações sociais revelados pelo sertão; ii) espaço como focalização no qual Riobaldo é apresentado como um espaço de memória e de reconstrução do passado, ou seja, espaço visto (jovem jagunço em aventuras físicas e amorosas), e espaço vidente (ex-jagunço, narrador, rico, velho a reconstruir sua vida pela narração); iii) espaço como linguagem, categoria de maior elaboração formal na qual a linguagem é o espaço dela mesma, autorreferencial e reveladora; iv) espaço como forma de estruturação textual no qual a grande extensão da obra se torna um lugar de criação e de perdição do leitor. Assim, conclui-se que essas categorias colaboram para uma leitura mais ampliada da obra, como partes de um quebra- cabeça que só fazem sentido no todo. Logo, o leitor deve reconhecer o espaço do narrador, o da linguagem, o representando e a sua estruturação em obra para ampliar sua leitura e se tornar um organizador dessas categorias, pois, ao descobrir seu espaço, ele não se torna um sujeito passivo que é conduzido pelo narrador e enganado pelas ocultações da estrutura e da linguagem, porém, um agente que aprende que a geografia do sertão é imprecisa e constantemente modificada por quem se localiza; que o ponto de vista do narrador pode ser ampliado pelas lacunas daquilo que ele não diz; que a linguagem só trata da realidade quando não é documental e se reinventa no fazer artístico; e, por fim, que uma obra pode ser um espaço desmontado sempre e à espera de uma reconstrução. Enfim, trata-se de um romance de aprendizagem, no qual o leitor interage com as incertezas e dúvidas do narrador e faz uma travessia autônoma, sempre esclarecedora e de conhecimento dos dilemas humanos. Palavras-chave: Espaço. Sertão. Narrador. Linguagem. Espaço-obra. Leitor. | |
| dc.description | This work intends to establish relations between history, geography and the literary theories of space in Grande Sertão: Veredas (1956) by João Guimarães Rosa. In order to launch a holistic view about Rosa’s work, space is approached from four literary categories: i) representation of the space to deal with the physical aspects and social organizations revealed by the sertão; ii) space as a focus in which Riobaldo is presented as a space of memory and reconstruction of the past, that is, space seen (young jagunço in physical and amorous adventures), and seer space (ex-jagunço, narrator, rich, old to rebuild his life by narration); iii) space as language, category of greater formal elaboration in which language is its own self-referential and revealing space; iv) space as a form of textual structure in which the great extent of the work becomes a place of creation and perdition of the reader. Thus, it is concluded that these categories collaborate for a more extended reading of the work, as parts of a puzzle that only make sense in the whole. Therefore, the reader must recognize the space of the narrator, that of the language, the representing and its structuring in the work to enlarge its reading and become an organizer of these categories, because, in discovering its space, it does not become a passive subject who is led by the narrator and deceived by the occultations of structure and language, but an agent who learns that the geography of the sertão is inaccurate and constantly modified by who is located; that the narrator's point of view can be amplified by the gaps in what he does not say; that language only deals with reality when it is not documentary and reinvents itself in the artistic making; and, finally, that a work can be a dismantled space always and waiting for a reconstruction. Finally, it is a novel of learning, in which the reader interacts with the uncertainties and doubts of the narrator and makes an autonomous, always enlightening crossing of knowledge of human dilemmas. Keywords: Space. Sertão. Storyteller. Language. Space-work. Reader. | |
| dc.format | application/pdf | |
| dc.language | por | |
| dc.publisher | Universidade Federal de Viçosa | |
| dc.rights | Acesso Aberto | |
| dc.subject | Espaço na literatura | |
| dc.subject | Rosa, João Guimarães, 1908-1867. Grande sertão veredas | |
| dc.subject | Literatura brasileira | |
| dc.subject | Características nacionais brasileiras na literatura | |
| dc.subject | Literatura Brasileira | |
| dc.title | O Remexer dos lugares: espaços na obra Grande Sertão: Veredas | |
| dc.title | Remexer of places: spaces in the Grande Sertão: Veredas | |
| dc.type | Dissertação |