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Climate change and income inequality: what is the role of household expenses?

dc.contributorCunha, Dênis Antônio da
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6454145118195015
dc.creatorSantos, Elizângela Aparecida dos
dc.date2023-03-17T14:10:08Z
dc.date2023-03-17T14:10:08Z
dc.date2023-02-27
dc.date.accessioned2023-09-27T21:27:55Z
dc.date.available2023-09-27T21:27:55Z
dc.identifierSANTOS, Elizângela Aparecida dos. Mudanças climáticas e desigualdade de renda: qual é o papel das despesas familiares?. 2023. 108 f.Tese (Doutorado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.
dc.identifierhttps://locus.ufv.br//handle/123456789/30521
dc.identifierhttps://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.094
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8961063
dc.descriptionOs padrões e os estilos de vida das famílias impulsionam as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) incorporadas na cadeia produtiva, de modo que, atingir a meta climática sem alterar o consumo doméstico é praticamente impossível. Assim, esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação entre desigualdade de renda e emissões de GEEs pelas famílias brasileiras. Mais especificamente, foram estimadas e analisadas as intensidades das emissões de GEEs associadas aos gastos com bens de consumo das famílias brasileiras, assim como as emissões totais via Curva Ambiental de Engel (CAE). A existência do “dilema de equidade e poluição” foi verificada no Brasil em diferentes níveis de distribuição de renda e como estes poderiam afetar as emissões de GEEs via consumo familiar. Para alcançar estes objetivos, um amplo conjunto de dados envolvendo gastos de consumo, despesa e renda foram extraídos da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009 e 2017-2018, os quais foram vinculados à matriz insumo-produto do Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (NEREUS/USP), em conjunto com os dados das contas ambientais da World Input-Output Database (WIOD) e do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Metodologicamente, as intensidades de emissão de cada setor econômico foram atribuídas aos específicos gastos das famílias. Assim, foram estimadas as CAEs para os anos 2009 e 2018. O “dilema de equidade e poluição” foi quantificado a partir das estimativas das CAEs quadráticas. Os principais resultados demonstram que as emissões médias das famílias brasileiras diminuíram 41% de 2009 para 2018. No entanto, se a tecnologia permanecesse inalterada essa queda seria de apenas 4%. As cestas das famílias brasileiras, em média, ficaram menos intensivas. Em todos os setores de consumo das famílias houve queda nas intensidades de emissão. Porém, devido ao elevado consumo, os setores de Alimentos e Serviços de Transportes foram responsáveis por quase a metade das emissões domésticas nos dois períodos analisados. Em direção oposta à tecnologia, o crescimento da renda em si proporciona aumento das emissões domésticas, principalmente nas classes mais baixas. As CAEs demonstram que rendas mais altas estão relacionadas com maiores emissões domésticas de CO 2. No entanto, à medida que a renda cresce, as emissões aumentam menos que proporcionalmente. Em 2018, os 10% mais ricos emitiram mais do que a metade da população mais pobre em conjunto. Logo, há grande desigualdade de emissões, devido, principalmente, à má distribuição de renda. Os resultados referentes ao “dilema” indicam que redistribuição marginal da renda provoca pouco aumento nas emissões médias. Por outro lado, o combate à desigualdade de renda de forma ampla não impacta nas emissões. Assim, esta pesquisa demonstrou que os objetivos de melhorar a distribuição de renda e reduzir emissões de GEE não são antagônicos. Palavras-chave: Mudanças climáticas. Consumo das famílias. Emissões domésticas. Desigualdade
dc.descriptionSustainable development is one of the great challenges faced by the global community in the 21st century, as it requires reconciling economic growth, improving social conditions and human well-being, and environmental conservation. The standards and lifestyles of families drive Greenhouse Gas (GHG) emissions incorporated into the production chain, so that achieving the climate target without changing domestic consumption is practically impossible. Thus, this research aimed to analyze the relationship between income inequality and GHG emissions by Brazilian families. More specifically, the intensities of GHG emissions associated with spending on consumer goods by Brazilian families were estimated and analyzed, as well as total emissions via the Engel Environmental Curve (EEC). The existence of the “equity and pollution dilemma” was verified in Brazil at different levels of income distribution and how these could affect GHG emissions via household consumption. To achieve these objectives, a broad set of data involving consumption, expenditure and income was extracted from the 2008- 2009 and 2017-2018 Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), which were linked to the input- output matrix of the Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (NEREUS/USP), together with data from environmental accounts from the World Input-Output Database (WIOD) and the Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Methodologically, the emission intensities of each economic sector were attributed to specific household expenditures. Thus, the EECs were estimated for the years 2009 and 2018. The “equity and pollution dilemma” was quantified from the estimates of the quadratic EECs. The main results show that the average emissions of Brazilian households decreased by 41% from 2009 to 2018. However, if technology remained unchanged, this drop would be only 4%. The baskets of Brazilian families, on average, became less intensive. In all household consumption sectors there was a drop in emission intensities. However, due to high consumption, the Food and Transport Services sectors were responsible for almost half of domestic emissions in the two analyzed periods. In the opposite direction to technology, income growth in itself provides an increase in domestic emissions, mainly in the lower classes. EECs demonstrate that higher incomes are related to higher domestic CO2 emissions. However, as income grows, emissions increase less than proportionately. In 2018, the richest 10% issued more than half of the poorest population combined. Therefore, there is great inequality in emissions, mainly due to poor income distribution. The results referring to the “dilemma” indicate that marginal redistribution of income causes little increase in average emissions. On the other hand, the fight against income inequality in a broad way does not impact emissions. Thus, estimates suggest that it is possible to combat income inequality without intensifying emissions via consumption. Thus, this research demonstrated that the objectives of improving income distribution and reducing GHG emissions are not antagonistic. Keywords: Climate change. Household consumption. Domestic emissions. Inequality
dc.descriptionConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Viçosa
dc.publisherEconomia Aplicada
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectFamílias - Aspectos econômicos
dc.subjectConsumo (Economia)
dc.subjectGases do efeito estufa
dc.subjectMudanças climáticas
dc.subjectRenda - Distribuição
dc.subjectEconomia Agrária e dos Recursos Naturais
dc.titleMudanças climáticas e desigualdade de renda: qual é o papel das despesas familiares?
dc.titleClimate change and income inequality: what is the role of household expenses?
dc.typeTese


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