dc.contributorGomes, Danielle Kely
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/3754354682648780
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/2898352082362318
dc.creatorCarneiro, Paloma Salles
dc.date2023-07-25T11:59:09Z
dc.date2023-09-27T03:00:36Z
dc.date2023
dc.date.accessioned2023-09-27T14:10:02Z
dc.date.available2023-09-27T14:10:02Z
dc.identifierhttp://hdl.handle.net/11422/21201
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8919951
dc.descriptionA variabilidade da realização do ditongo /ei/ é objeto de estudo de diversos autores consagrados, dentre os quais podem se destacar os estudos propostos para a variedade brasileira (PAIVA, 1986, 1996, 2004; BISOL, 1989, 1994; GONÇALVES, 1997; LOPES, 2002, PEREIRA, 2004, dentre muitos outros). Além dos estudos já propostos para a variedade brasileira, o português dos países africanos também tem se tornado objeto de estudo de alguns pesquisadores (SILVEIRA, 2013; PASSOS, 2018). Do ponto de vista teórico-metodológico e a partir dos princípios definidos na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV E HERZOG, 1968), este trabalho busca entender o comportamento variável do ditongo /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em posição medial de vocábulo. O corpus foi estatisticamente tratado com o auxílio do programa GoldVarb-X e os dados são constituídos por 18 inquéritos que pertencem ao projeto Corporaport. Foram postuladas 12 variáveis para a análise das entrevistas gravadas em Maputo, em 2016: contexto precedente ao ditongo, contexto subsequente ao ditongo, localização do ditongo na estrutura morfológica, posição do ditongo na palavra, dimensão do vocábulo, classe morfológica e tonicidade das sílabas, faixa etária, escolaridade, sexo, estatuto do português e relação entre o português e as línguas locais. As seguintes hipóteses foram propostas para nortear o trabalho, em que se acredita que: i. as variedades do português apresentariam tendências “similares” em relação às condições linguísticas que concorrem para a implementação da variante [e]; ii. o contexto fonológico subsequente a /ei/ seria uma variável independente de alta relevância no processo de monotongação; e iii. a monotongação de /ei/ na variedade moçambicana seria condicionada por fatores linguísticos e extralinguísticos. Portanto, os resultados da análise mostram que, na variedade urbana do português de Moçambique, a monotongação de /ei/ em contexto medial é um fenômeno recorrente, visto que ocorre em 24,2% dos casos. Além disso, algumas tendências nos resultados podem ser apresentadas: confirmando-se uma das hipóteses propostas, considera-se que as variáveis contexto precedente e contexto subsequente são os condicionamentos linguísticos que mais influenciam para a aplicação da variante monotongada [e]. Em contrapartida ao que era esperado, o contexto subsequente não é a variável que mais influencia para a implementação de /e/ na posição medial e na final – a tendência que se confirma, entretanto, é a da atuação de [ʒ], [ɾ] e [ʃ] no onset da sílaba subsequente, sendo estas as consoantes que mais favorecem a monotongação. Confirma-se, também, que as variáveis sociais são de suma importância na implementação de [e], sendo as variáveis mais relevantes: relação entre português e as línguas locais, sexo, faixa etária e estatuto de aquisição do português. Por fim, pode-se afirmar que a regra é mais produtiva em posição medial do que em posição final.
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisherBrasil
dc.publisherFaculdade de Letras
dc.publisherUFRJ
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectLíngua portuguesa
dc.subjectVariação linguística
dc.subjectMudança linguística
dc.subjectSociolinguística
dc.subjectCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
dc.subjectCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA
dc.titleA monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
dc.typeTrabalho de conclusão de graduação


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