dc.description | Na costa SE do Brasil, no estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Búzios e Cabo Frio, ocorrem paragnaisses com cianita, sillimanita, granada e biotita, com intercalações de rochas calcissilicáticas e camadas metamáficas e metaultramáficas, além de lentes quartzitofeldspáticas, que constituem a Sucessão Búzios. Várias hipóteses são sugeridas para o ambiente de sedimentação desta unidade no Ediacarano, entre elas uma margem passiva e um prisma acrescionário. Os paragnaisses metapelíticos aluminosos representariam rochas pelíticas depositadas em ambiente pelágico, as camadas de metabasitos são interpretadas como níveis vulcânicos a subvulcânicos e as camadas calcissilicáticas poderiam corresponder a precipitados químicos em ambientes vulcanogênicos. O objetivo deste trabalho é caracterizar as rochas
calcissilicáticas da região de Búzios a fim de investigar e possivelmente endossar a interpretação do seu ambiente original de sedimentação, assim como a correlação do ambiente tectônico em que foram formadas, por meio de comparação com trabalhos a nível mundial que sugerem hipóteses de formação de depósitos de rochas calcissilicáticas. Foi escolhido um afloramento na região da Praia Brava, em Armação de Búzios, RJ, para detalhamento e coleta de amostras para análise petrográfica, além de interpretações de fácies usando correlações de Ferry e sistema KASH. Os granada-clinopiroxênio gnaisses possuem diopsídio, quartzo,
granada, plagioclásio, em contatos retos que sugerem uma paragênese em equilíbrio. A variação de calcissilicática nomeada de diopsídio gnaisse é constituída por quartzo, diopsídio, biotita, plagioclásio, granada, hornblenda. Essas assembleias são compatíveis com a fácies granulito descrita para área com base nos paragnaisses metapelíticos aluminosos, contudo, não é diagnóstica. | |