| dc.description | A utilização de plantas medicinais nos programas de atenção primária à saúde constitui uma forma útil de alternativa terapêutica, por grande parte da população, por sua eficácia aliada a um baixo custo operacional e relativa facilidade para aquisição das plantas. O objetivo do trabalho foi desenvolver um centro difusor de conhecimento sobre plantas medicinais na escola estadual de ensino médio Luiz Reid com a criação de um jardim didático visando ampliar as opções terapêuticas da população. Trata-se de um estudo exploratório, desenvolvido na comunidade escolar, realizado através de um levantamento etnobotânico, por meio de um questionário com 50 questões aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EEAN/HESFA pelo número de protocolo: 065/2010. Foram entrevistadas 100 pessoas, que demonstraram ter conhecimento sobre diversos tipos de plantas com uma grande variedade de indicações. Sendo as mais citadas: o boldo (Plectranthus barbatus Andrews) (25,74%); a erva cidreira (Melissa officinalles L.) (15%); a hortelã (Mentha sp.) (13,86%); capim limão (Cymbopogon citratus) (10,89%); saião (Kalanchoe brasiliensis Camb.) (7,92%) e o guaco (Mikania glomerata Spreng.) (6,93%) e a erva doce (Pimpinella anisum L.) (5,94%). As principais indicações de utilização das plantas foram: Pedras nos rins (6,93%), má digestão/enjoo (12,87%), resfriado/gripe (20,79%), contra dor e como calmante (21,78%). A principal fonte de informação sobre a utilização de plantas foi a família (60,40%), seguida por vizinhos (9,9%), benzedeiros ou religiosos (8,91%) e técnicos da área de saúde (3,96%). Sendo que 16,83% sempre indicam plantas para cuidar da saúde, 36,63% às vezes indicam e 12,87% não responderam. A parte da planta mais comumente empregada foi a folha, seguida do caule e da raiz. A forma e o modo de preparo das preparações caseiras utilizando plantas medicinais teve como principal forma de preparo infusão (42,7 %), decocto (18,8 %), xarope (10,89 %) e macerado (7,92 %). Os dados também mostraram que o público jovem tem pouco conhecimento sobre plantas medicinais. Com estes dados foi possível a criação de um jardim didático na escola com algumas plantas citadas no levantamento etnobotânico e as existentes no local, bem como a criação de um laboratório de beneficiamento de plantas medicinais. | |
