| dc.description | A corrosão é um fenômeno bastante conhecido e estudado no mundo. Analogamente, é
o processo inverso ao da metalurgia, transformando metais e ligas metálicas em seus óxidos. A
sua ocorrência é, sem dúvida, bastante preocupante, tanto do ponto de vista operacional dos
equipamentos e estruturas, quanto do ponto de vista da segurança, podendo levar à paradas de
produção ou, em casos mais extremos, em acidentes graves, dessa forma, deve sempre ser
minimizada. Para reduzir os custos de manutenção e prolongar a vida útil dos ativos das
indústrias, são utilizados métodos preventivos contra a corrosão, dentre os mais conhecidos,
estão a pintura, a eletrodeposição e a aspersão térmica. O Nióbio é um elemento com
propriedades bastante interessantes. E do ponto de vista da corrosão, seus óxidos não
apresentam faixa de potencial e de pH capaz de convertê-lo em espécie iônica, ou seja, é inerte
na maioria dos meios. Este trabalho apresenta um estudo da eficiência de proteção anticorrosiva
dos revestimentos de pentóxido de nióbio (Nb2O5) e da sua camada de ligante de Ni-Al,
aplicados por aspersão térmica em aço-carbono e imersos em solução contendo alta
concentração de cloreto, visando simular condições aproximadas daquelas encontradas em
equipamentos, tubulações e estruturas que entrem em contato com a água produzida oriundas
dos reservatórios de petróleo do pré-sal. Foram empregados métodos laboratoriais para avaliar
a eficiência do revestimento: Acompanhamento de potencial em circuito aberto (OCP),
impedância eletroquímica, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e
Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS), além de medidas de rugosidade e ensaios de
aderência. Os resultados mostraram que há uma melhora limitada na proteção contra a corrosão
de acordo com o aumento da espessura do revestimento. Para os CPs com espessura maior que
175μm, a velocidade da corrosão é diminuída devido ao bloqueio parcial dos poros sob a
camada do revestimento cerâmico. Os ensaios de OCP revelaram que a corrosão prosseguia
mesmo em espessuras maiores, no entanto, a formação de óxidos de ferro era um fator atenuante
para este fenômeno. As análises de MEV e EDS evidenciaram as porosidades e difusão do
óxidos por baixo do revestimento | |
