dc.description | Trata-se de processo de preparação de imunoensaio em que proteases antigênicas são capturadas de extratos celulares ou fluidos biológicos de origem diversa, por inibidores de protease pré-absorvidos em suportes sólidos, sendo em seguida utilizadas como antígeno em reações imunológicas. O imunoensaio permite detectar e/ou quantificar anticorpos contra a protease captura. No formato de imunoensaio competitivo, o método permite detectar ou dosar inibidores de proteases em soluções biológicas. O processo pode ser desenvolvido em qualquer classe de protease, a eficácia e seletividade da captura por um dado inibidor sendo determinada pela constante de associação entre estes e a enzima escolhida. Inibidores naturais, recombinantes ou sintéticos podem ser utilizados como reagentes capturantes de fase sólida. Reciprocamente, a incorporação de proteases definidas em suportes sólidos permite detectar novos inibidores em extratos celulares ou fluidos biológicos complexos, desde que estes possuam determinantes antigênicos. Um novo teste diagnóstico para a Doença de Chagas, preparado com o antígeno GP57/51, a principal cisteíno-proteinase do protozoário Trypanosoma cruzi, foi concebido utilizando o referido processo. O antígeno GP57/51 foi seletivamente capturado de extratos de epimastigotes por inibidores específicos para proteases da superfamília da papaina, previamente absorvidos em placas de poliestireno. Como reagentes capturantes de fase sólida foram testados alternativamente os inibidores cistatina C recombinate, a cristatina C purificada de ovo de galinha, e o cininogênio humano. As placas contendo o antígeno capturado foram lavadas, bloqueadas, e os anticorpos presentes em soros de pacientes chagásicos ou anticorpos monoclonais anti-GP57/51 forma revelados por métodos imunoenzimáticos convencionais. Além da aplicação proposta para o diagnóstico da Doença de Chagas, a invenção pode ser utilizada para (1) monitorar os níveis plasmáticos de anticorpos reaginicos contra proteases alergênicas de origem parasitária, animal ou vegetal e (2) para detectar dosar proteases específicas em fluidos inflamatórios e extratos celulares, na medida em que antissoros monoespecíficos anti-protease forem disponíveis. No formato de imunoensaio competitivo, invento permite dosar os níveis de inibidores de protease cistatina C e/ou cininogênio, em fluidos biológicos. Além do interesse clínico laboratorial, o processo pode ter aplicação biotecnológica, uma vez que permite identificar novas proteases ou novos inibidores em microorganismos, extratos os secreções de origem vegetal ou animal. | |